OS DONS DO ESPÍRITO SANTO



TEXTO AUREO
(I Corintios 12:11) - Mas um só e o mesmo Espírito  opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.


VERDADE PRÁTICA
Dons espirituais são dotações sobrenaturais do Espírito Santo sobre o crente, capacitando-o para glorificar a Cristo e realizar a obra de Deus.

Ainda podemos dizer que, os Dons espirituais são manifestações divinas, nas quais o Espírito Santo é o Agente.


LEITURA BIBLICA      (1 Corintios. 12: 1 - 11, 28 ; Romanos. 12: 6-8)
 (I Corintios 12:1-11) - ACERCA dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.
(V. 2) - Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados.
(V. 3) - Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o SENHOR, senão pelo Espírito Santo.
(V. 4) - Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
(V. 5) - E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.
(V. 6) - E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
(V. 7) - Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.
(V. 8) - Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
(V. 9) - E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
(V. 10) - E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.
(V.11) - Mas um só e  o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.
(V. 28) - E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.

(Romanos 12:6-8) –
(V6) - De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;
(V. 7) - Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;
(V. 8) - Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.


OBJETIVOS
1. Classificar os dons espirituais.
2. Descrever os termos que designam os dons.
3. Buscar os dons espirituais.


INTRODUÇÃO
Concernente os dons espirituais, Dois princípios devem ficar patentes.
1. Quando uma pessoa recebe do Senhor os dons do Espírito, não significa que ela é mais perfeita ou que é mais merecedora das bênçãos divinas do que outras.
2. Assim como o crente não é salvo pelas obras, mas pela graça divina  (Ef 2.8; Tt 3.5), os dons do Espírito são concedidos pela graça de Deus para que ninguém se engrandeça (Rm 12.6).
(Efésios 2:8) - Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
(Tito 3:5) - Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.
Ainda na dimensão do Batismo com o Espírito Santo, a experiência inicial é o "falar em línguas", chamado o "dom do Espírito" (At 2.38).
(Atos 2:38) - E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.
Ainda que se considere "o dom" e os "dons do Espírito" a mesma coisa, são distintos.
Após a regeneração, subseqüentemente, pode-se receber "o dom do Espírito Santo".
Porém, "os dons do Espírito Santo" manifestam-se na vida coletiva da Igreja, para sua edificação e a glória de Deus.

BREVE COMENTÁRIO DE CORRENTES TEOLÓGICAS  SOBRE OS DONS ESPIRITUAIS.
Uma corrente da teoria cessacionista afirma que os dons do Espírito são habilidades naturais, santificadas e aperfeiçoadas por Deus após a conversão do indivíduo.
Uma outra acredita que os dons espirituais não são para os tempos hodiernos, mas estiveram restritos ao período apostólico.
No entanto, ao lermos as Sagradas Escrituras, não encontramos qualquer evidência de que os dons do Espírito tenham cessado com a morte dos apóstolos e muito menos de que se trata de talentos humanos santificados.
O argumento antipentecostal é fundamentado na hermenêutica naturalista, que nega qualquer elemento sobrenatural nas Escrituras.
Portanto, a dedução dos cessacionistas não é possível e nem necessária como método de interpretação do Novo Testamento.
A atualidade dos dons espirituais é confirmada pela Escritura e a experiência cristã.
No primeiro caso, podemos citar os propósitos dos dons, especificamente, o de fortalecer a igreja (l Co 14.3,4, 26).
Se os dons cessaram após a morte dos apóstolos, por que Paulo escreveria a igreja de Corinto para que buscassem ardentemente os dons e zelassem por ele, sabendo que os dons não durariam mais do que 50 anos?
Não há qualquer analogia plausível para sustentar tal absurdo.
A experiência pentecostal de incontáveis cristãos, em todas as épocas e lugares, é evidência complementar da atualidade dos dons conforme a verdade bíblica.

I – A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NA IGREJA
Os dons são dados para preservar a unidade da igreja na adversidade.
Paulo usa o corpo humano como ilustração clássica desta unidade. Esta divisão da 1ª aos Coríntios na qual estamos agora é muito importante. Nós vamos ler hoje apenas os 7 primeiros versículos do capítulo 12. Vamos ler os versículos anunciados.
1 Cor 12.1-7
Prezado amigo, o apóstolo está falando aqui sobre manifestações espirituais e sobrenaturais. Havia outras manifestações semelhantes, sem ser essas que se davam entre os cristãos. Havia manifestações de espíritos maus como no culto idólata dos gentios, no qual os Coríntios tiveram a sua parte nos tempos passados nas trevas.
Sabiam que haviam sido levados aos ídolos mudos, conforme eram guiados. Agora com a manifestação do Espírito Santo no meio precisavam aprender a fazer distinção, precisavam ser inteligentes, para não serem iludidos pelo poder do inimigo, pois onde Deus opera ali o inimigo agirá, talvez de modo semelhante.
Uma obra de imitação como aquela com que Janes e Jambres hostilizaram a Moisés no Egito é claro que no meio da Assembléia cristã, o poder de Satanás poderá manifestar-se e enganar os cristãos, a não ser que estejam, sob a influência do Espírito Santo, nas suas manifestações na Assembléia.
Lendo com atenção nós aprendemos logo as seguintes verdades: O ESPÍRITO SANTO não é limitado a um só instrumento, quando ele opera a harmoniosa adoração a Deus na igreja reunida.
Segundo, OS MISTÉRIOS BEM DIVERSOS, podem ser todos operados pelo mesmo espírito, mas nessa diversidade de operações, pode haver um só propósito, um só alvo, um só poder espiritual, pois é esse poder que domina todo o movimento.
Na orquestra, por exemplo, o único que não ouve porque não toca instrumento é o regente. É, contudo ele, o dirigente da toda música. É ele que dirige a música toda.
Assim também o Espírito de Deus na Igreja nada fala, mais está presente para dominar todo o culto. O Espírito Santo embora nem sempre se sirva de todos, quer a liberdade para o serviço de cada um se assim o desejar.
Nós aprendemos também que qualquer ministério do Espírito Santo é útil, isto  é, agradável a Deus, e é proveitoso aos ouvintes, pois o trabalho do Espírito Santo, ensina, admoesta, anima, consola, ou de alguma maneira promove e estimula a vida espiritual.
Qualquer ministério que não se entende não é útil. A quem diga que os dons espirituais, a quem Paulo se refere em suas cartas, foram certas habilidades temporárias e sobrenaturais, concedida aos primitivos cristãos, como o fim de ajudá-los, ou de assistir La eles na fundação da igreja.
Tais dons, podem não existir mais hoje. Entretanto prezado amigo, os princípios, as regras que Paulo apresenta na discussão desses dons, aplicam-se para igual aos talentos, as habilidades naturais e providências que Deus concede hoje, visando ao nosso aparelhamento ou adestramento, para a pregação do Evangelho e para edificação e extensão da igreja.
Deve-se a maneira pela qual o apóstolo discute aqui o assunto e as circunstâncias especiais existentes em Corinto. Esses dons ou habilidades sobrenaturais estavam sendo considerados pelos cristãos de Coríntios como fins em si mesmos. Estavam sendo usados por envaidecimento e prazer dos que os possuíam.
Os mais vistosos daqueles dons, ou seja, os que mais chamavam a atenção, sem que ao mesmo tempo fosse os mais úteis eram os mais valorizados pelos Coríntios, daí o exercício desses dons provocarem invejas, envaidecimento e divisões.
Com o fito de corrigir esses abusos, Paulo mostra no cap. 12, que o propósito  dos dons espirituais e a edificação da igreja.

II.                O QUE SÃO OS DONS ESPIRITUAIS E QUAIS SUAS CARACTERÍSTICAS

1.                      Definição Teológica: A palavra “dom” vem do vocábulo grego charisma, significando “donativo de caráter imaterial, dado de graça ”. Os dons, pois, são capacidades sobrenaturais concedidas pelo Espírito Santo com o propósito de edificar a Igreja. Através desses recursos, o Senhor revela o seu poder e sabedoria aos instrumentos que os recebem e bem os utilizam.
Há clara distinção entre os dons espirituais e dom do Espírito (At 2.38; 10.45). Os primeiros descrevem as capacidades sobre naturais concedidas pelo Espírito, tendo em vista ministérios específicos; o segundo é o batismo no Espírito santo. Deve-se também distinguir os dons espirituais dos ministeriais; estes são concedidos apenas aos ministros (Ef 4.11; 1 Co 12.28); aqueles, à Igreja de forma geral.
2.                      Conceitos Bíblicos: Vejamos agora, a finalidade, importância, atualidade, recebimento, doador e uso dos dons espirituais.
a)      Finalidade: â€œÃ‰ dado a cada um para o que for útil” (1 Co 12.7)
b)      Importância: É de grande valor para o êxito da Igreja (1 Co 12.1).
c)      Atualidade: â€œOs dons e a vocação de Deus são sem arrependimento” (Rm 11.29). Deus não tem a intenção de retirá-los; continua a concedê-los à Igreja.
d)      Recebimento: Quem já fala língua estranha, como evidência do batismo no Espírito Santo, deve buscar os demais dons (1 Co 14.1,12,13).
e)      Doador: É Deus quem no-los concede “segundo a graça que nos é dada” (Rm 12.6).
f)       Uso: â€œFaça-se tudo para edificação” (1 Co 14.26), e “com decência e ordem” (1 Co 14.40) não tirando nem acrescentando nada a este ensino (Ap 22.18,19).


III.             O SIGNIFICADO DOS DONS ESPIRITUAIS

1. Duas palavras importantes:

a) DOM.         Significa donativo, dádiva, presente.

Refere-se, também, a dote ou qualidade natural; poder, virtude ou mérito.

Em grego, "Charisma", singular; "Charisma-ta", plural (l Co 12.31).

(I Corintios 12:31) - Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente.

Não se trata de algo que se possa guardar e usar como bem entender.

Os "dons do Espírito" não são prêmios por serviços prestados.

Não dependem do nosso mérito.

São concedidos gratuitamente, segundo o conhecimento e a vontade  soberana do Espírito Santo.

b) MANIFESTAÇÃO  (l Co 12.7).

(I Corintios 12:7) - Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.

No grego, "Phanerósis", significa tornar claro, fazer conhecido ou trazer à luz.

Revela as obras que o Espírito Santo realiza, através dos cristãos.
2. Diferentes categorias de Dom.
Para que não se faça confusão, a Bíblia define, pelo menos, quatro tipos de dons espirituais.

3. O que são "os dons do Espírito"?
Significam uma concessão especial e sobrenatural de Deus para a realização de sua obra, através da Igreja.

a) Não confundir os dons Espirituais com os Naturais.
Dons Naturais são capacidades *inatas que se manifestam para a realização de certas atividades.

* INATO: Que nasce com o individuo / São habilidades congênitas que surgem com a pessoa.

O Dom Natural devidamente canalizados para certos trabalhos  na obra de Deus, tornam-se úteis.
Mas não os confundamos com os "dons espirituais".
A Bíblia destaca homens e mulheres que possuíam os "dons naturais", para cantarem, tocarem instrumentos musicais e outras atividades.

b) Os dons não são atestados pessoais de santidade.
É uma falsa idéia imaginar que o possuidor do dom espiritual seja mais santo ou espiritual que os outros.
A santidade ou espiritualidade de um cristão não se mede pela manifestação de um dom.
O Espírito Santo não depende do mérito da santidade de ninguém.
Quando Jesus, por intermédio de Pedro e João, libertou o coxo de nascença, na Porta Formosa, o povo se maravilhou e, de certo modo, atribuiu o milagre aos dois apóstolos.
Mas Pedro rejeitou esta glória, ao dizer:
(Atos 3:12) - E quando Pedro viu isto, disse ao povo: Homens israelitas, por que vos maravilhais  disto? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem?
Se os dons do Espírito dependessem da santidade dos cristãos em Corinto, nunca os teriam recebido!
Eram pessoas problemáticas que, ao mesmo tempo, almejavam a vitória em Cristo.
Os dons não são dados para a vaidade particular de ninguém.

c) Os dons do Espírito capacitam o cristão afazer a obra de Deus com graça e eficiência (l Co 12.4,7).
(I Corintios 12:4) - Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
(I Corintios 12:7) - Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.
Os dons pertencem ao Espírito Santo.
Eles não devem ser manipulados por ninguém, e não se pode atribuir à terceira pessoa da Trindade algo que Ele não inspirou, e nem autorizou a dizer ou fazer.
O Espírito Santo manifesta-se no coração humilde e respeitoso.
Somos para Ele apenas os instrumentos para a realização de sua obra.


IV.                 OS PROPÓSITOS DOS DONS ESPIRITUAIS
1. Revelar ao mundo a Igreja como o corpo de Cristo.
(Efésios 1:22-23) - E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja,
(Efésios 1:23) - Que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.
O propósito dos dons espirituais é revelar ao mundo a Igreja como o corpo de Cristo, através da:

a)  UNIDADE .
(I Corintios 12:12-13) - Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um  só corpo, assim é Cristo também. 
(V. 13) - Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo,  quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.
Dois fatores sustentam a unidade do corpo:   o sangue e o espírito.
O sangue, apesar dos diferentes membros espalhados, é o mesmo para todo o organismo.
O espírito não se localiza em determinado órgão, mas está em todo o ser humano.
Os dons do Espírito manifestam-se no corpo de Cristo, e ajudam a manter a unidade.

b) DIVERSIDADE DOS DONS      (l Co 12.14-26).
O corpo possui muitos membros e todos são indispensáveis para o seu perfeito funcionamento.
Cada cristão é parte integrante da Igreja de Cristo e tem uma função a realizar.

Assim como nós constituímos diferentes membros interligados, o Espírito Santo concede seus dons a quem quer e como deseja, para que os mesmos sejam úteis a todos.(1Co.12:4).

(I Corintios 12:4) - Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.

É a diversidade dos dons dentro da unidade do Corpo, a Igreja.

c) FUNCIONALIDADE    (l Co 12.27).
(I Corintios 12:27) - Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular.

Os membros estão no corpo, para funcionarem em harmonia com a cabeça.

Da mesma forma que ela comanda todo o funcionamento do organismo, os dons são concedidos à Igreja para funcionarem de acordo com a vontade de Cristo   (lCo 12.11).

(I Corintios 12:11) - Mas um só e o mesmo Espírito  opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.

Eles não são independentes, e atuam para a edificação de todos.

A sua função não é a de tornar um membro mais importante que o outro, mas para o benefício da Igreja.

d) POTENCIALIDADE (l Co 12.28-31).

Nenhum membro tem utilidade, fora do corpo.

A função de cada um é o resultado da "vida", da energia que os une entre si.

A Igreja também é energizada pelo Espírito Santo, através dos dons espirituais.

Ela, sem esta potencialidade, seria morta, estagnada.


2. Mostrar que os dons do Espírito são diversos, mas o doador é um só.

(I Corintios 12:4) - Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.

Esta passagem acima declara com ênfase os dons do Espírito são diversos, mas o doador é UM SÒ.
Ou seja. os dons espirituais emanam de uma mesma fonte.

A diferençadas manifestações dos dons não é para a exaltação das pessoas, e nem para a sua individualização, mas visa a unidade do corpo de Cristo.

Os demônios manifestam-se nas pessoas para a prática do mal.

Entretanto, o Espírito Santo atua na vida dos cristãos para enchê-los de alegria.

É Ele quem opera os dons espirituais, conforme a sua soberana vontade.

3. Promover a edificação e o aperfeiçoamento dos santos, através da MUTUALIDADE   (l Co12.21,25,26).

Os dons são do Espírito Santo.

Eles não podem ser negociados de maneira alguma pelas pessoas.

São manifestações que não dependem do intelecto de quem os possui.

A mutualidade se expressa, não pela vontade do homem, mas também pela vontade do Espírito Santo.

Os dons são para a edificação mútua de todos os cristãos.

O aperfeiçoamento acontece, à medida que crescemos em maturidade e, então, os dons manifestam-se com freqüência e efetividade.

Então, o propósito divino, através dos "dons espirituais", é:

a) A glorificação do Senhor Jesus (Jo. 16:14).
b) A confirmação da Palavra de Deus (Mc.16:15-20);  Hb. 2:3,4);
c) A edificação da Igreja (l Co 14.12).

Os dons jamais (Nunca) devem ser usados em proveito próprio.


V.                    A OPEROSIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS

O propósito do Evangelho de Cristo é demonstrar o poder e a sabedoria de Deus aos homens, conforma Paulo escreveu aos Coríntios:

(I Corintios 1:24) - Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.

A operosidade dos dons promove a expansão da Igreja e a fortalece, a fim de vencer as dificuldades, perseguições e oposições.

Os dons são necessários ao triunfo dos cristãos sobre as adversidades do dia-a-dia, como vemos nos versículos abaixo:

(Atos 5:14) - E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais.

(Atos 6:7) - E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.

(Atos 9:31) - Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo.

(Atos 16:5) - De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé, e cada dia cresciam em número.

(Atos 19:20) - Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia.

VI. A CLASSIFICAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS.

Tratemos, sucintamente, da operação destes dons.

É claro que um dom específico merece atenção especial, mas analisaremos o assunto objetiva e genericamente, para termos uma visão global da operosidade dos dons.

Os dons espirituais têm grande significado para nós, na atual dispensação.

Por intermédio deles, somos vivificados e marchamos para o encontro de Jesus, no dia do Arrebatamento da Igreja.

Eles é que nos dão força para esta caminhada triunfal.

Os dons espirituais têm como propósitos: revelar ao mundo a Igreja como corpo de Cristo.

Os dons do Espírito Santo são diversos, mas o doador é um só; e vamos provar que os dons do Espírito são dados à Igreja para promover a edificação e o aperfeiçoamento dos santos.

Conforme (l Coríntios 12.8-10), existem Nove Dons espirituais, divididos em três grupos distintos.

Eles são necessários ao nosso crescimento espiritual.

Por isso, devemos orar para que todos eles se façam presentes em nossas igrejas e os possuamos em abundância.


1. Dons que manifestam o “SABER DE DEUS”.

São Três, a saber:
a) Palavra da Sabedoria ou Conhecimento. (1 Co. 12:8).
b) Palavra da Ciência. (1 Co. 12:8).
c) Discernimento de espíritos. (1Co. 12:10).

Explicando:

a) Palavra da Sabedoria ou Conhecimento.

(I Corintios 12:8) - Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência.

É um dom de manifestação da sabedoria sobrenatural pelo Espírito Santo, necessário ao pastoreio, na administração e liderança.

É o dom que ocupa um lugar importante entre os demais.

O saber do Espírito é sobrenatural, pois não se adquire através do conhecimento humano; é uma concessão do Espírito Santo.

Capacita-nos a perceber, falar e agir em circunstância tais, que os elementos naturais tornam-se inúteis.

É algo especial que o pensamento humano, por si só, não descobre, pois é a revelação da mente de Deus aos que pregam, ensinam e administram as igrejas.

Torna o cristão apto a conhecer fatos passados, presentes e até futuros, e não se constitui em adivinhação, condenada por Deus.

É ter a mente de Cristo:
(I Corintios 2:16) - Porque, quem conheceu a mente do SENHOR, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.


b) Palavra da Ciência.

(I Corintios 12:8) - Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência.

É um dom de manifestação de conhecimento sobrenatural pelo Espírito Santo; de fatos, causas, ensinamento, etc

Este dom está muito ligado ao da "palavra da sabedoria".

Mas, apesar de sua vinculação, os dois relacionam-se com o discernimento e o entendimento espirituais necessários à edificação da Igreja de Cristo.

Paulo declara:

(Colossenses 2:2-3) - Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo.

(V.3) - Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.

Emana de Deus tudo o que Ele deseja que saibamos ou conheçamos.

Por sua Onisciência, o Espírito revela coisas ocultas, sempre em benefício do seu povo.

A relação entre a "sabedoria" e a "ciência" é muito íntima.


c) Discernimento de espíritos.
(I Corintios 12:10) - E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. 

Discernir significa: Ver claramente, ou julgar através de.

É um dom de conhecimento e revelação sobrenaturais pelo Espírito Santo para não sermos enganados por Satanás e pelos homens.

Se o dom é do Espírito, sua manifestação é sobrenatural.

Trata-se de um modo especial para se perceber o que há no íntimo de uma pessoa.

É a capacidade de ver ou sentir, pelo Espírito Santo, o que motiva alguém a fazer ou dizer algo.

O discernimento de espíritos é útil para percebermos se algumas manifestações espirituais correspondem plenamente aos princípios divinos.

Vejamos dois exemplos bíblicos:
- Eliseu e seu servo Geazi. (2 Rs 5.20-27).
- Ananias e Safira (At 5.1-11).

Por este dom, o cristão é habilitado, pelo Espírito, a conhecer a verdadeira fonte e natureza das manifestações espirituais.

Ele identifica, percebe, vê e lê.

Os que ministram na casa de Deus, precisam dele no cotidiano.


1. Dons que manifestam o “PODER DE DEUS”.

São Três, a saber:
a) Fé (1 Co. (12:9).
b) Dons de Curar (1 Co. (12:9).
c) Operação de Maravilhas (1 Co. (12:10).

a) Fé.

(I Corintios 12:9) - E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar.

É um dom de manifestação de poder sobrenatural pelo Espírito Santo, a fim de que a igreja supere os obstáculos, sejam quais forem.

No grego: "PITIS", significa confiar em alguém ou em algo.

É a capacidade ou a faculdade de confiar em Deus.

Não se trata da simples fé natural, mas da sobrenatural, que o Espírito dota o cristão para realizar proezas em nome do Senhor.

Em um outro sentido, significa fidelidade ou firmeza.

Há diferença entre a "graça da fé" e o "dom da fé".

A primeira manifesta-se quando cremos na fidelidade de Deus para cumprir a sua Palavra naquilo que nos promete.

É o tipo que todo o cristão possui.

O segundo é uma capacitação especial para realizarmos  a obra de Deus.

Transcende os sentidos naturais.


b) Os dons de curar.
(I Corintios 12:9) - E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar.

Literalmente, "dons de curas".

São dons de manifestação de poder sobrenatural pelo Espírito Santo para a cura das doenças do corpo, da alma e do espírito, dos crentes quanto dos incrédulos.

No grego, esta expressão encontra-se no plural, para denotar a multiforme manifestação do Espírito para cura das enfermidades.


c) Oração de Maravilhas.
(I Corintios 12:10) - E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.

São operações de milagres extraordinários e espantosos pelo poder de Deus, para despertar e convencer os incrédulos.

É um dom concedido, para demonstrar o poder de Deus na realização de coisas extraordinárias e miraculosas.


1. Dons que manifestam “A MENSAGEM DE DEUS”

São Três, a saber:
a) Dom de Profecia (1 Co. (12:10).
b) Dom de Variedade de Línguas (1 Co. (12:10).
c) Dom de Interpretação das Línguas.(1 Co. 12:10)

a) Dom de Profecia.
(I Corintios 12:10) - E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.

No grego, o termo "PROPHETEUEIN" significa, literalmente: "falar em nome de alguém, em favor de outrem".

O profeta prediz o que Deus realizará.

É a manifestação da mente divina e não a humana.

É algo que o profeta pode controlar.

Ele recebe os pensamentos do Espírito Santo e transmite racionalmente, com suas próprias palavras.

É um dom de manifestação sobrenatural de mensagem verbal pelo Espírito, para a edificação, exortação e consolação do povo de Deus (l Co 14.3).

(I Corintios 14:3) - Mas o que profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e consolação.


b) Dom de Línguas.
(I Corintios 12:10) - E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.

É um dom de expressão plural.

É um milagre lingüístico sobre­ natural.

Nem todos os crentes batizados com o Espírito Santo recebem este dom.
(I Corintios 12:30) - Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos?

Façamos distinção entre "sinal" e "dom" de línguas".

O primeiro refere-se à experiência que evidencia o batismo com o Espírito Santo.

O segundo possui um caráter congregacional, porque fala a todos, para a edificação da igreja (l Co 14.3,12, 28).

Caso desejar se aprofundar nesse assunto pedir pelo meu e-mail o estudo “ LINGUAS ESTRANHAS DIFERENÇAS ENTRE SINAL E DOM”.

c) Dom de Interpretação de Línguas.
(I Corintios 12:10) - E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.

É um dom de manifestação de mensagem verbal, sobrenatural, pelo Espírito Santo.

Não se trata de "tradução de línguas", mas de "interpretação de línguas".

Tradução tem a ver com palavras; interpretação com mensagem.

Não se trata de tradução literal, mas da interpretação dos pensamentos de Deus, transmitidos em "línguas desconhecidas".

É um dom de caráter congregacional.

CLASSIFICAÇÃO DOS DONS Espirituais (resumo)

1.                      Dons de elocução: Também chamadas de dons verbais:
a)      Profecia: é uma mensagem divina, momentânea e sobrenatural, dada pela inspiração do Espírito Santo.
b)      Variedade de línguas: Capacidade sobrenatural dada pelo Espírito santo de se falar línguas jamais estudadas ou aprendidas.
c)      Interpretação das línguas: Capacidade sobrenatural de se interpretar línguas jamais aprendidas.
2.                      Dons de inspiração: Também chamados de dons de saber:
a)      Sabedoria: capacidade sobrenatural de se falar, agir e saber em situações de emergência.
b)      Ciências: Capacidade sobrenatural de se conhecer as profundezas e os mistérios de Deus.
c)      Discernimento de espíritos: Capacidade sobrenatural de se discernir a natureza e o caráter dos espíritos.
3.                      Dons de Poder:
a)      Fé: Capacidade sobrenatural de crer em Deus.
b)      Operação de maravilhas: Capacidade sobrenatural para a realização de atos que vão além da capacidade humana.
c)      Discernimento de espíritos: Capacidade sobrenatural de se discernir a natureza e o caráter dos espíritos.
4.                      Outros Dons: (Dons de servir). Conforme a relação mencionada em Rm 12.7, 8 e 1 Co 12.28, temos os seguintes dons: Governos, está relacionado com os apóstolos, pastores ou anciãos (presbíteros); Exortação (Rm 12.8; 1 Co 14.3); repartir (Rm 12.8), refere-se a socorros e misericórdias 9At 4.34); presidir, relacionado com o trabalho dos ministros e cooperadores da obra de Deus; misericórdia, ajuda material e espiritual ( At 20.35; 1 Co 13.13; Mt 9.13); socorro, de ordem espiritual, moral e social.


V. GENERALIDADES SOBRE OS DONS ESPIRITUAIS

Deste capitulo em diante comentarei sobre Dois tipos de Dons:

1-                      Dons espirituais de Ministérios Práticos. (Romanos. 12: 6-8; 1Corintios. 12:28-30)
2-                      Dons espirituais na área do Ministério. (Efésios. 4:11 ; Atos. 13:1).


2. Dons espirituais de Ministérios Práticos (Rm 12.6-8; l Co 12.28-30).

São administrações de serviços práticos que, pela sua natureza, residem no portador.

a) Ministério (Rm. 12.7).
(Romanos 12:7) - Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;

É servir capacitado sobrenaturalmente pelo Espírito Santo.

Ministração, prestar serviço material e espiritual sem esperar reconhecimento ou remuneração.

b) Ensinar (Rm 12.7).
(Romanos 12:7) - Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;

É o dom espiritual de ensinar, tanto na teoria, como na prática; ensinar fazendo; ensinar a fazer e a entender.

Não confundir com o ministério de ensino de Efésios 4.11 e Atos 13.1.

c)  Exortar (Rm 12.8).
(Romanos 12:8) - Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.

Exortar aqui,é como dom: ajudar, assistir, encorajar, animar, consolar, unir pessoas separadas, admoestar.

d) Repartir (Rm 12.8).
(Romanos 12:8) - Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.

O sentido é doar generosamente, oferecer, distribuir aos necessitados sem esperar recompensa ou reconhecimento, movido pelo Espírito.

Este dom ocupa-se da benevolência, beneficência, humanitarismo, filantropia, altruísmo.

e) Presidir (Rm 12.8).
(Romanos 12:8) - Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.

É conduzir, dirigir, organizar, liderar, orientar com segurança, conhecimento e discernimento espiritual.

f) Exercitar misericórdia (Rm 12.8).
(Romanos 12:8) - Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.

Este dom refere-se a assistência aos sofredores, necessitados, carentes; fracos, enfermos, presos, visitação, compaixão.

g) Socorros (l Co 12.28).
(I Corintios 12:28) - E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.

Literalmente "achegar-se para socorrer".

É o caso de enfermos, exaustos, famintos, órfãos, viúvas, etc.

h) Governos (l Co 12.28).
(I Corintios 12:28) - E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.

É um dom plural no seu exercício.

É dirigir, guiar e conduzir com segurança e destreza.

O termo original sugere pilotar uma embarcação com segurança, destreza e responsabilidade.


3. Dons espirituais na área do ministério.

Esses dons são enumerados em Efésios 4.11 e l Coríntios 12.28, 29, a saber: após­tolod, profetas, evangelistas, pastores, doutores ou mestres.

(Efésios 4:11) - E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.

(I Corintios 12:28-29) - E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.

(V.29) - Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos doutores? são todos operadores de milagres?



VII. RESPONSABILIDADE QUANTO AOS DONS

1. Conhecer os Dons.
(I Corintios 12:1) - ACERCA dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.

2.                      Buscar os dons.
(I Corintios 12:31) - Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente.

3. Zelar pelos dons.
(I Corintios 14:1) - SEGUI o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar.

4.Ser abundante nos dons.
(I Corintios 14:12) - Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai abundar neles, para edificação da igreja.

5.  Ter autodisciplina nos dons.
(I Corintios 14:32) - E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.

6. Ter decência e ordem no exercício dos dons.
(I Corintios 14:40) - Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.



VIII.             A UTILIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS

1.                      Quanto à unidade da igreja: Os dons revelam ao mundo a Igreja como o corpo de Cristo (Ef 1.22,23; 1 Co 12.12). Isto é válido tanto para os ministros como para os demais crentes (Mc 16.20; At 4.29,30; 14.3; Hb 2.4). Por esta razão, devem os dons operar nos trabalhos regulares da Igreja como ocorria na Igreja Primitiva (At 3.1-11; 5.12-15; 6.7,8; 14.7-10; 19.8-13).
É antibíblico criar um trabalho ou ministério especial, em torno de um determinado dom como o de profecia, curas, maravilhas, etc. Cada um deve empregar, na igreja onde congrega o talento e os dons como os receberam do Senhor para a edificação dos santos. A Igreja é comparada a um edifício espiritual; os dons ajudam a edificar e a manter sólido este edifício (1 Co 12.7,26; 14.3-5; Ef 2.18-21; 4.12,14,15).
2.                      Quanto à edificação do crente em particular: O uso do dom propicia ao crente:
a)      Comunhão: Tudo o que o crente recebe de Deus, gera nele uma vida de gratidão (2 Co 9.15), e seu amor para com deus aumenta à medida que ele exerce os dons espirituais (Ef 3.16-19).
b)      Fortalecimento na fé: Os dons são usados segundo a fé (Rm 12.3,6), e resultam em atos de fé (1 Ts 1.3) e esta é constantemente fortalecida (Rm 1.11,12).
c)      Santificação: O crente é um vaso de barro, onde o Senhor derrama o seu poder (2 Co 4.7). Para continuar a ser usado, ele precisa estar continuamente purificado (2 Tm 2.20,21).
d)      Humildade: Leva o crente a dar continuamente a glória a Deus (At 3.12-16).
e)      Oração: É um meio eficaz de o crente pedir a Deus os dons espirituais (1 Co 12.31; 14.1,39).





Definição teológica.

A palavra “Dom”, vem do vocábulo Grego Charisma, significando “donativo de caráter imaterial, dado de graça”. Os dons, pois, são capacidades sobrenaturais concedido pelo Espírito Santo, com o propósito de edificar a Igreja. Através desses recursos, o Senhor revela o seu poder e sabedoria aos instrumentos que os recebem e bem os utilizam.

Há claras distinções entre os dons espirituais e o dom do Espírito At. 2.38; 10.45. O primeiro, descreve a capacidade sobrenatural concedida pelo Espírito, tendo em vista ministérios específicos. O segundo; é o batismo no Espírito Santo. Deve-se também distinguir os dons espirituais dos dons ministeriais; esses são concedidos apenas aos ministros de forma específica, Ef 4.11;1Co 12.28; aquele; a Igreja de forma geral.

IX.  CARACTERÍSTICAS DOS DONS ESPIRITUAIS

Vejamos, agora, a finalidade, importância, atualidade, recebimento, doador e uso dos dons espirituais.

a. finalidade.“É dado a cada um para o que for útil”1Co 12.7.

b. Importância. É de grande valia para o êxito da Igreja 1Co 12.1.

c. Atualidade. Os dons e a vocação de Deus são sem arrependimentos Rm 11.29. Deus não tem a intenção de retirar-los; continua a concedê-los a Igreja.

d. Recebimento. Quem já fala em línguas estranhas, como evidências do batismo no Espírito Santo, devem buscar os demais dons 1Co 14.1,12, 13.

e. Doador. É Deus quem no-los concede “segundo a graça que nos é dada” Rm 12. 12.6.

f. Uso. Faça-se tudo para a edificação 1Co 14.26, e “com decência e ordem” 1Co 14.40 não tirando nem acrescentando nada a este ensino Ap 22.18,19

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X - OS DONS COMO SINAIS

1.                      A operação dos dons espirituais deixa os incrédulos:

a)      Maravilhados, pasmados e suspensos (At 2.5-12): Isto ocorreu no dia de Pentecostes, deixando os ouvintes “maravilhados” (At 2.5-12; 4.13), “pasmados e atônitos” (At 3.10,11). Os dons deixam os descrentes perplexos (At 5.24).
b)      Convencimento do seu pecado: Quer através dos dons de profecia, quer da variedade de línguas junto com a interpretação (1 Co 14.24), ou da pregação profeticamente inspirada (At 2.37-39), os incrédulos são convencidos de seus pecados.
c)      Arrependidos e confessos diante de Deus: Os dons levam as almas ao arrependimento e à confissão perante Deus (1 Co 14.24).
d)      Reconhecidos pela presença de Deus: reconhecem a real presença de Deus no meio dos santos (1 Co 14.24; At 4.13), e o glorificam como o Único e Verdadeiro Deus 9At 4.21).
e)      Temor: Pelos sinais que vêem (At 5.1), temem perseguir o povo de Deus (At 5.26), pois conscientizam-se de que o Senhor zela pelos seus santos.
2.                      Na proclamação do evangelho: A principal tarefa da Igreja na terra é a evangelização (Mt 28.18-20; Mc 16.15,16). Para o êxito deste sublime trabalho, precisamos dos dons espirituais: são as nossas ferramentas de trabalho (Zc 4.6; 2 Co 10.4-6). Quando maior a operação dos dons, mais influente a Igreja tornar-se-á (1 Ts 1.5-8). Neste aspecto os dons trazem:
A)    Autoridade (Lc 10.19): O Senhor tem todo o poder (Mt 28.18), e, pelos dons, a Igreja torna-se participante deste poder (At 1.8; Lc 24.49).
B)    Coragem: Nem proibições, nem prisões, nem ameaças, nem morte podem calar a Igreja. Nada a deterá, pois a sua missão é falar do amor de Deus (At 4.20; 5.27-29; 14.19-24).
C)    Respeito e conceito: Os dons tornam a Igreja respeitada e conceituada, de modo que até os adversários reconhecem que Deus, de fato, está no meio do seu povo (At 5.11-13; 22-26; 8.24; 9.5; 13.12; 19.17).
D)    Atração: (At 5.16; 8.6,7). Os dons atraem as pessoas para o local onde eles se manifestam (At 2.7,12, 27,3. 10,11; 4.13,21; 5.11,13, 16, 24,26).
E)     Sabedoria para pregar: Com os dons, o crente passa a conhecer os tempos (Ec 8.4,5). Isto é: a empregar métodos para ganhar almas (Pv 11.30).
F)     Confirmação: A Palavra de Deus passa a ser confirmada com a salvação de muitas almas, como ocorria na Igreja Primitiva. Eis como a Igreja cresceu de forma fenomenal: 120 pessoas (At 1.15); quase 3000 (At 2.41); salvação todos os dias (At 2.47); quase 5000 almas (At 4.4); a multidão crescia cada vez mais (At 5.14); encheram Jerusalém da doutrina (At 5.28) etc. Resumo: em aproximadamente 60 anos, os discípulos evangelizaram o mundo conhecido naquela época.



CONCLUSÃO

Poder, sinais, curas, libertação e maravilhas devem caracterizar um genuíno avivamento pleno de renovação espiritual e pentecostal.

No entanto, deve ser livre de escândalos, engano, falsificação, mas dentro da decência e da ordem que a Palavra de Deus preceitua.           (l Co 14.26-40).



QUESTIONÁRIO


1. Qual o significado da palavra dom?
R. Significa donativo, dádiva, presente. Refere-se, também, a dote ou qualidade natural; poder, virtude ou mérito.

2. Como são concedidos os dons do Espírito Santo?
R. São concedidos gratuitamente, segundo o conhecimento e a vontade soberana do Espírito Santo. Eles não são prêmios por serviços prestados.
Não dependem dos nossos méritos.

3.  Cite os quatro tipos de dons espirituais.

R. a) Dom do Espírito Santo (At 2.38). Refere-se ao batismo com o Espírito Santo.

b) Dom de Deus (Jo 4.10; l Co 12.6). É a dádiva maior de Deus, o Messias, para a salvação da humanidade (Jo 3.16; Ef 2.8; Rm 6.23). Jesus é o "dom inefável de Deus" (2 Co 9.14,15).
c) Dons de Cristo (l Co 12.5; Ef 4.11 -13). São dons ministeriais concedidos à Igreja, para a sua edificação e seu fortalecimento.
São eles: Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores.
d) Dons do Espírito (l Co 12.7-11). Destacam-se nove, dos quais seis revelam a sabedoria e três o poder de Deus.

4. Quais os propósitos dos dons espirituais?
R. a) A glorificação do Senhor Jesus (Jo 16.14).
b) A confirmação da Palavra de Deus (Mc 16.15-20); (Hb 2.3,4);
c)  A edificação da Igreja (l Co 14.12).

5. Cite a classificação dos dons espirituais.

-R. Há, segundo uma classificação tradicional, três grupos distintos de dons do Espírito, em l Coríntios 12.8-10.

Vejamos:
a) Dons de saber (Revelação): sabedoria, ciência e discernimento. Eles revelam o conhecimento e a sabedoria de Deus. São os que capacitam alguém a conhecer, sobrenaturalmente os mistérios divinos.
Eles operam através da mente e do espírito humano.
Por intermédio deles, o Espírito Santo neutraliza as vãs e sutis filosofias, e as heresias humanas e satânicas (Cl 2.8).

b) Dons de poder: operação de milagres (maravilhas), fé e dons de curar. Eles exibem o poder de Deus.
Os que os recebem, agem sobrenaturalmente.
São operações divinas, através das pessoas.
São elas: profecia, línguas e interpretação de línguas.

c)  Dons verbais (fala).
São os para expressarem a mensagem de Deus, Não se trata de "talentos naturais", pois capacitam o cristão a falar sobrenaturalmente.

6. O que são os dons espirituais?
R. Os dons espirituais são uma dotação sobrenatural concedida pelo Espírito Santo ao crente, para o serviço e execução dos propósitos de Deus na igreja e através dela.

7. O que os dons espirituais não são?
R. Os dons espirituais não são qualidades humanas aprimoradas e abençoadas por Deus.

Bibiografia
JOSÉ CARLOS MARTINGHI
Lições bíblicas CPAD 1998
 Anotações de Janildo da Silva Arante

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