DONS ESPIRITUAIS *

DONS ESPIRITUAIS  -  Módulo 1
Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.
(I Co 12:1)

 Quem precisa tomar conhecimento dos dons espirituais?  Você precisa saber acerca dos dons espirituais se:
1. Você é um crente.
2. Você confia que Jesus é seu Senhor, e você quer amá-lo e segui-lo da melhor maneira possível.
3. Você quer que a sua igreja seja um grupo saudável, atrativo e crescente em número de pessoas, que demonstrem o amor de Deus em sua comunidade.
 1.  A IGREJA, CORPO DE CRISTO
            No primeiro capítulo de Efésios lemos que Deus estabeleceu Cristo acima de todos os principados e potestades, colocando todas as coisas debaixo dos seus pés, conferindo-lhe a posição de “cabeça sobre todas as coisas”, em relação à Igreja (Ef 1:21-23).  Em Colossenses lemos praticamente a mesma coisa, que Jesus é a “cabeça do corpo, da Igreja” (Cl 1:18).  Percebemos que na Bíblia, por vezes o termo “Corpo de Cristo” refere-se à Igreja Universal, outras, à Igreja local.
            Deus não planejou que o Corpo de Cristo fosse organizado em torno do modelo ditatorial, em que um único indivíduo governa, por mais benévolo que seja o governo de tal homem.  Por outra parte, Ele também não tencionou que o seu Corpo fosse uma estrutura em que todos os membros governam. 
Ao invés de uma ditadura radical ou de uma democracia ampla, Deus preferiu criar o Corpo de Cristo como um organismo que tem a Cristo como cabeça, e cada membro funcionando com algum dom espiritual.  Compreender os dons espirituais, portanto, é a chave que nos permite entender a organização espiritual da Igreja.
               A Grace Community Church of the Valley, na cidade de Panorama, no estado da Califórnia, é uma igreja com uma incrível taxa de crescimento: mais de quinhentos por cento a cada década, com uma freqüência matutina atual de mais de cinco mil pessoas.  Ela foi intencionalmente estruturada em torno do conceito dos dons espirituais.  Disse o pastor John MacArthur: “Nenhuma congregação local será o que deveria ser, aquilo que Jesus orou que fosse, ou aquela que o Espírito Santo dotou e a preparou, enquanto ela não compreender os dons espirituais”.
As principais passagens bíblicas sobre os dons espirituais reforçam a conclusão acima.  Não é por mera coincidência que em todas as três mais explícitas passagens sobre os dons espirituais – Romanos 12, I Coríntios 12 e Efésios 4, os dons são explicados no contexto do Corpo.  “Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve” (I Co 12:18).  Isso significa que não somente Deus organizou o Corpo, tomando por modelo um organismo humano, mas também chegou ao ponto de determinar qual seria a função de cada um dos membros.

2. QUEM POSSUI DONS ESPIRITUAIS?  
 Nem todos possuem dons espirituais.  Os incrédulos não o possuem.  Mas todo crente dedicado a Jesus e membro real de Seu Corpo tem pelo menos um dom, ou possivelmente, mais.  A Bíblia assegura que todo crente recebeu algum dom (I Pe 4:10), e que a “manifestação do Espírito é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso” (I Co 12:7). Quando o apóstolo Paulo diz que o Espírito distribuiu os dons a cada um, “visando um fim proveitoso” (I Co 12:7), ele obviamente quis dizer a cada crente.
 
3. O QUE É UM DOM ESPIRITUAL?  
Dom espiritual é um atributo especial, dado pelo Espírito Santo a cada membro do Corpo de Cristo, de acordo com a graça divina, para ser usado dentro do contexto do Corpo.
               O dom espiritual é dado “de acordo com a graça divina”:  o termo grego comum para indicar os dons espirituais é charismata, no singular, charisma, que deriva da palavra charis, que significa “graça”. Por conseguinte, há uma bem próxima relação entre os dons espirituais e a graça de Deus.
Charismata não é um sinônimo exclusivo para os dons espirituais.  Esse vocábulo também é empregado com outros sentidos na Bíblia, como se vê em Romanos 6:23: “...porque o salário do pecado é a morte, mas o dom (charisma) gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”.  Também não é a única palavra usada no Novo Testamento para indicar os dons espirituais, embora seja a mais comum. Em I Co 12:1, lemos: “A respeito dos dons espirituais...”, onde a palavra grega pneumatikós significa, mais literalmente, “coisas espirituais”, ou simplesmente, “espirituais”.  Porém, no resto desse mesmo capítulo, quando o assunto é elaborado por Paulo, a palavra charismata é usada cinco vezes.
   “Para ser usado dentro do contexto do Corpo”, porque os dons espirituais não se destinam a cavaleiros solitários, mas a membros do Corpo de Cristo.   Quase tudo quanto Deus está fazendo no mundo é feito através de crentes que estão trabalhando juntos, em uma comunidade, complementando-se uns aos outros, com os seus dons espirituais, em suas respectivas congregações locais.
    O contexto do Corpo, conforme uso do termo, não significa que os dons sempre olham para dentro, para uso somente no seio da igreja local e para benefício mútuo dos crentes.  Muitos desses dons, como o de evangelista, o de missionário e o de serviço, têm em vista beneficiar àqueles que ainda não se tornaram membros do Corpo.  Mas o ponto é que esses dons, mesmo quando olham para fora do Corpo, ainda assim, não se destinam a crentes isolados, mas a crentes que trabalham em equipe, para que o trabalho seja feito da melhor maneira possível.

 4. OS DONS TÊM QUE SER DESCOBERTOS, DESENVOLVIDOS E USADOS
             O crente que deseje realizar a vontade de Deus, mas que não saiba como faze-lo, ou como funcionar no Corpo de Cristo, precisa dar toda a prioridade à descoberta de seus dons espirituais.  “Descobrir” vem antes de “desenvolver”, porque os dons espirituais são recebidos, e não conquistados.  Deus distribui os Seus dons, de acordo com Sua própria discriminação.  O texto de I Co 12:11 ensina como o Espírito distribui os dons “como lhe apraz, a cada um, individualmente”.  Mais adiante, no v. 18, diz que Deus colocou os membros no Corpo “como lhe aprouve”.  Deus não confiou a pessoa alguma a distribuição dos dons espirituais. 
            O que acontece quando um crente resolve descobrir, desenvolver e usar seu dom ou dons espirituais?   Antes de tudo, torna-se um crente melhor e mais capaz de permitir que Deus faça sua vida ser útil em Suas mãos.
            Primeiramente, os crentes que reconhecem seus dons espirituais tendem a desenvolver uma saudável auto-estima.  Isso não significa que se tenham em mais alta conta do que deveriam faze-lo.  Antes, aprendem que, sem importar quais sejam os seus dons, eles são importantes para Deus e para o Corpo de Cristo.  O olho aprende a não dizer: “porque não sou olho, não sou do corpo” (I Co 12:16). 
            A humildade é uma virtude cristã.  Mas, como quase tudo que é bom, pode haver aí um exagero.  Alguns crentes mostram-se tão humildes que virtualmente não têm utilidade no Corpo.  Essa é uma falsa humildade, e por muitas vezes é estimulada pela ignorância acerca dos dons espirituais.
            As pessoas que se recusam a dizer qual é o seu dom espiritual, com base de que seria uma arrogância e uma presunção, apenas exibem sua ignorância quanto ao ensino bíblico a respeito dos dons.  Alguns, talvez, até tenham algum motivo mais profundo para não se verem envolvidos com algum dom – pois não querem ser considerados responsáveis por seu uso.  Nesse caso, a humildade estará sendo usada como capa para disfarçar a desobediência.
Em segundo lugar, reconhecer os dons espirituais não só ajuda os crentes individuais, mas também a igreja local como um todo.  O quarto capítulo de Efésios ensina-nos que, quando os dons espirituais estão atuando, o Corpo inteiro amadurece.  Isso ajuda o Corpo a tornar-se “homem perfeito” e a abandonar o estado de infantilidade espiritual (ver Ef 4:13 e 14).
Quando uma igreja local amadurece, geralmente cresce.  Quando o Corpo de Cristo está funcionando bem, e há uma “justa cooperação de cada parte”, verifica-se “o seu próprio aumento” (Ef 4:16).  Há uma ligação clara entre os dons espirituais e o crescimento da igreja local.
O terceiro e mais importante fator, gerado pelo reconhecimento dos próprios dons espirituais é que isso glorifica a Deus. O trecho de I Pedro 4:10 e 11 aconselha os crentes a usarem seus dons espirituais, para então explicar o motivo para tanto: “...para que em todas as coisas seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos”.
 
5.  A MORDOMIA DOS DONS ESPIRITUAIS
 A mordomia, no sentido neotestamentário, envolve uma estonteante responsabilidade. De acordo com I Coríntios 4:2 “...o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel”.  Mordomia envolve o prestar de contas.
A chave para a mordomia cristã acha-se na parábola dos talentos, em Mateus 25:14-30.  Três mordomos quanto ao mundo dos negócios desta vida receberam diferentes capitais.  A responsabilidade deles era usar esses recursos para o seu devido propósito no mundo dos negócios – fazer mais dinheiro.  Dois dos três conseguiram duplicar o dinheiro que receberam;  quando chegou o dia da prestação de contas, eles foram chamados de “servo bom e fiel”.  A fidelidade deles estava diretamente ligada ao seu sucesso.  Mas o terceiro mordomo mostrou-se um homem tímido e negativista.  Por isso, não foi capaz de reconhecer o potencial dos recursos que havia recebido.  Nada fez com o seu capital, e foi julgado como um “servo mau e negligente”.
Cada dom espiritual que nos foi dado é um recurso que precisamos usar, e acerca do qual seremos considerados responsáveis, por ocasião do julgamento do Tribunal de Cristo. Alguns recebem um dom, outros dois e outros cinco.  Não importa com quantos dons um crente comece.  Os mordomos são responsáveis somente por aquilo que o Senhor tiver preferido conferir-lhes. Mas os recursos que temos devem ser usados para cumprir o propósito do Senhor.  Não há tempo que se compare com o presente para começarmos a nos preparar para responder àquela pergunta que cada um de nós haverá de ouvir, afinal, dos lábios de nosso Senhor: “Que fizeste com o dom espiritual que te dei?”.

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DONS ESPIRITUAIS  -  Módulo 2
O QUE SÃO OS DONS E QUAIS OS DISPONÍVEIS PARA A IGREJA HOJE?
          Todo crente possui dons espirituais, como também toda igreja local.  Muitos desses talentos, porém, continuam enterrados, como aquele talento não usado, do capítulo 25 de Mateus; mas estes dons podem ser desenterrados e usados para a glória de Deus, visando o desenvolvimento da igreja local.  
  1. As Três Listas Chaves
A grande maioria dos dons espirituais mencionados na Bíblia encontra-se em três capítulos principais: Rm 12, I Co 12 e Ef 4.  Há ainda outros textos importantes, cujas informações preenchem outros importantes detalhes: I Co 13-14, I Pe 4, I Co 7 e Ef 3.  Começaremos a reunir a lista fundamental, usando os três capítulos básicos.  As palavras entre parênteses são traduções variantes de uma mesma palavra grega.
Romanos 12 menciona os seguintes dons espirituais:
a)    Profecia (pregação, declaração inspirada)
b)
    Serviço (ministério)
c)
    Ensino (comunicação de princípios bíblicos)
d)
    Exortação (estímulo à fé, encorajamento)
e)
    Contribuição (doação, generosidade)
f)
     Liderança (autoridade, governo, administração)
g)
    Misericórdia (simpatia, consolo, bondade)
I Coríntios 12 adiciona:
h)    Sabedoria (conselho sábio, palavra sábia)
i)
      Conhecimento (falar com propriedade)
j)
      Fé (crer na intervenção divina)
k)
    Cura (sarar mágoas e doenças físicas)
l)
      Milagres (realização de grandes feitos)
m)
 
Discernimento de espíritos (percepção espiritual)
n)
    Línguas (falar em línguas nunca aprendidas)
o)
    Interpretação de línguas (tradução compreensiva)
p)
    Apóstolo
q)
    Socorro
r)
     Administração (governo, presidência, liderança)
Efésios 4 adiciona:
s)     Evangelista (missionário, pregador da salvação em Cristo)
t)
     Pastor (ministrar ao povo de Deus)
Estas três listas básicas fornecem-nos vinte dons espirituais distintos.  Uma coisa torna-se evidente de imediato – nenhuma dessas listas é completa.  Há dons mencionados em Efésios que também são mencionados em Romanos;  e alguns dos dons mencionados em Romanos são mencionados em I Coríntios;  e alguns dos dons mencionados em I Coríntios são mencionados em Efésios.  Ao que tudo indica, esses catálogos não tencionam ser listas completas dos dons que Deus confere.  E poderíamos concluir que, não sendo completas nenhuma dessas três listas em si mesmas, provavelmente todas elas juntas também não o são.
A própria Bíblia confirma ser essa uma conclusão correta.  Há pelo menos outros cinco dons mencionados no NT:
21o. Celibato (continência, abstinência sexual)
22o. Pobreza voluntária (desprendimento material)
23o. Martírio (submissão ao sofrimento)
24o. Hospitalidade (alegria em receber pessoas)
25o. Missões (amor dedicado a outras culturas)
Até aqui mencionamos 25 dons espirituais, somando as três listas incompletas e acrescentando outros cinco dons.  Peter Wagner acrescenta ainda outros dois dons:
26o. Intercessão (oração, súplicas e louvor)
27o. Libertação (batalha espiritual)  
         Há autores que alistam ainda mais dons!  Christian A. Scwarz apresenta uma lista com 30 dons, acrescentando três aos já alistados: Criatividade Artística, Habilidade Manual e Música.

  1. Dons e Chamado
Muitos cristãos ficam angustiados porque não sabem para que Deus os chamou, e há outros que chegam a pensar que Deus tem prazer especial em nos chamar para realizar tarefas que não combinam com os nossos dons.  Deus não chama ninguém para realizar uma tarefa para a qual ele não o capacitou.  Por outro lado, se você descobrir quais são os seus dons estará muito próximo de saber também para que atividade Deus o chamou.
Vejamos alguns textos bíblicos que nos ajudam a entender a questão da vocação com que Deus nos chamou:
a)    I Co 1:26-31 ________________________________________
b)
    Ef 4:1-7 ____________________________________________
c)
     II Tm 1:8 e 9 _______________________________________
d)
    2 Pe 1:10 ___________________________________________
 
  1. Quantos dons existem, afinal de contas?
As listas de dons no Novo Testamento ilustram o fato de que Deus revestiu cada igreja com os dons específicos de que ela precisa para as tarefas que Ele atribuiu a elas.  Será, então, que Deus pode hoje nos dar dons espirituais que a Bíblia não menciona?  Na opinião de Schuwarz, sim.
Este autor afirma já ter encontrado cristãos obcecados pela idéia de que cada dom mencionado na Bíblia deve ser exercido na sua igreja e que para eles é mais importante ter todos os dons do que realizar as tarefas que estão diante da sua igreja.
Ele conclui o assunto afirmando que em vez de nos forçarmos a “ver” todos os dons mencionados no NT em cada igreja local, é mais saudável partir das tarefas que estão a serem realizadas por uma igreja local.  Assim, nem toda igreja precisa ter todos os dons, mas toda igreja deveria usar os dons que tem para realizar a tarefa que lhe é imposta pela situação em que se encontra.    
Acerca de quais dons espirituais estão em vigor em nossos dias, para Peter Wagner, é uma questão menos importante. Ele conclui que assim como Deus concede conjuntos de dons específicos para diferentes pessoas, assim também Ele outorga diferentes conjuntos de dons para diferentes igrejas e denominações.  Segundo Wagner, igrejas com diferentes filosofias de ministério fazem parte de uma bela variedade que Deus tem embutido no Corpo Universal de Cristo.  Visto que as pessoas são tão diferentes, as igrejas também precisam ser diferentes, se vão conquistar os incrédulos para Cristo, tornando-os membros responsáveis.
Sendo Deus quem distribui os dons, tanto a igrejas como a crentes, então as igrejas e as denominações deveriam aceitar aquilo que Deus lhes tem conferido, sem qualquer orgulho, inveja, senso de culpa ou sentimento de inferioridade.  Qualquer que seja o conjunto de dons que Deus escolheu para você e sua igreja, trata-se de um complexo adequado ao crescimento.
 
  1. Que combinação de dons você tem?
Ao escrever sobre a combinação de dons, Schwarz conta que conhece uma irmã que tem o dom do evangelismo, da profecia e da misericórdia.  Conhece outra que tem o dom do serviço e da hospitalidade e outra pessoa que tem o dom de cura, do ensino, do serviço e da misericórdia.  Há uma outra pessoa ainda que tem o dom do aconselhamento.  É maravilhoso, conclui ele, que Deus tenha revestido diferentes cristãos de dons tão diversos.
Ninguém tem o direito de se vangloriar dos seus dons, pois cada pessoa no Corpo depende também dos dons dos outros (Rm 12:3, I Co 12:21-23).  Cada cristão tem uma combinação diferente de dons. 
 
  1. Entendendo alguns dos dons espirituais
a) Martírio (23o.):  No que consiste o dom do martírio?  Peter Wagner faz uma brincadeira afirmando que é o dom que só pode ser usado uma vez pelo crente!  Depois ele explica que ter este dom é mais do que simplesmente morrer pela fé.  O dom do martírio é uma capacidade que Deus tem dado a certos membros do Corpo de Cristo, para sofrer, pela fé, até mesmo a morte, ao mesmo tempo em que exibe uma atitude jubilosa e vitoriosa, que redunda na glória de Deus.
Em 1943, na Bolívia, cinco missionários da Missão Novas Tribos entraram nas selvas para fazer contato com os índios “ayore”, para nunca mais serem vistos.  Um outro missionário que conhecia bem aquela área alertara a equipe da Missão Novas Tribos: “Se vocês não levarem armas, não voltarão vivos”.  Mas os missionários replicaram que prefeririam morrer para glória de Deus a carregar consigo armas de fogo.
Estevão, da primitiva igreja de Jerusalém, morreu como mártir.  Não possuímos evidências suficientes para saber se ele possuía ou não o dom de martírio, embora suas palavras finais, “Senhor, não lhes imputes este pecado” (At 7:60), possam indicar precisamente isto. Mas sabemos que a morte dele resultou num crescimento tremendamente acelerado da Igreja, por toda a Judéia, Samaria e até mesmo entre os gentios, em Antioquia da Síria. 
Um dos assassinos dos cinco missionários da Novas Tribos mais tarde teve um encontro com Cristo e tornou-se um dos anciãos da igreja dos índios “ayore”.  O bem conhecido lema: “o sangue dos mártires é a semente da igreja” expressa o relacionamento que esse dom espiritual pode ter no que concerne ao crescimento da igreja.
 
b) Hospitalidade (24o.): A hospitalidade, da qual nos fala I Pedro 4:9, pode ser definida mais literalmente, por “amor aos estrangeiros”, e algumas pessoas, sem dúvida, têm uma capacidade especial de fazer isso, com vistas à glória de Deus e o desenvolvimento da igreja.  O dom da hospitalidade é aquela capacidade especial que Deus que Deus dá a um certo número de membros do Corpo de Cristo para proverem abrigo e uma calorosa recepção para aqueles que estão necessitados de alimento e abrigo.
Os que recebem esse dom não somente têm essa capacidade, mas também amam agir desse modo e se sentem mais felizes com hóspedes em casa do que quando estão sem eles. Essa é uma capacidade sobrenatural, dada a somente alguns poucos crentes.
O crescimento da Igreja durante o império romano, nos dias do NT, dependia muito da hospitalidade.  Imperavam condições de viagem muito diferentes das de hoje.  A hospitalidade é, também, muito útil no crescimento das igrejas de hoje, quando o esforço evangelístico gira em torno de estudos bíblicos em reuniões nos lares.    

c) Intercessão (26o.) Certos crentes têm a capacidade de orar por extensos períodos de tempo, recebendo respostas freqüentes e específicas para as suas orações, em um grau muito maior do que aquilo que se espera do crente comum.  Esse é o dom da intercessão.  Quanto tempo por dia, uma pessoa com o dom de intercessão gasta em oração?  Talvez oito horas, talvez somente quatro, responde Peter Wagner.  Ele conta de uma senhora, Bernice Watne, de Iowa, que depende de uma cadeira de rodas, mas que há anos descobriu o seu dom de intercessão.
Passar muito tempo em oração, regularmente, está acima da possibilidade da maioria dos crentes que não possuem esse dom.  Mas para aqueles que receberam esse dom, passar tantas horas em oração é a coisa mais agradável que há. 
Na oração há um grande poder tendente ao crescimento da igreja.

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DONS ESPIRITUAIS  -  Módulo 3
QUATRO COISAS QUE OS DONS NÃO SÃO:
1o.) Os dons espirituais não são talentos naturais.
Todo ser humano, em virtude de haver sido criado à imagem de Deus, possui certos talentos naturais.  Talentos são características que dão a cada ser humano uma personalidade sem igual.  E de onde vêm estes talentos naturais? 
Claro que, sendo Deus o Criador, podemos dizer que, em última análise, eles nos são outorgados por Deus.  Porém, possuir talentos naturais nada tem a ver diretamente com ser crente ou membro do Corpo de Cristo.  Muitos ateus, por exemplo, possuem grandiosos talentos para determinadas coisas.  Os crentes, como qualquer outra pessoa, também têm talentos naturais.
Os dons espirituais não devem ser considerados como talentos naturais consagrados a Deus.  Pode haver uma certa ligação discernível entre as duas coisas, contudo.  Pois, em alguns casos (não em todos, é claro) Deus toma um talento natural em um incrédulo, e transforma isso em um dom espiritual, quando tal pessoa passa a fazer parte do Corpo de Cristo.
2o.) Não confunda os dons espirituais com o fruto do Espírito.
O fruto do Espírito, em seus vários aspectos, é descrito em Gálatas 5:22 e 23: amor, alegria, paz, longanimidade, bondade, benignidade, fé, mansidão e domínio próprio.  Este fruto é a conseqüência normal e esperada do crescimento, da maturidade, da semelhança com Cristo e da plenitude do Espírito Santo na vida de todos os crentes.
O fruto não é descoberto como acontece no caso dos dons; mas desenvolve-se, mediante o andar do crente com Deus, visto que ele entrega a sua vida à direção do Espírito Santo.  Se os dons espirituais ajudam a definir o que um crente faz, o fruto do Espírito ajuda a definir o que um crente é.
Este fruto é um pré-requisito para o exercício eficaz dos dons espirituais.  Os dons, sem o fruto do Espírito, são inúteis.  Os crentes de Corinto tiveram de descobrir isso pelo lado mais difícil.  Eles possuíam um ideal conjunto de dons espirituais, de conformidade com o trecho de I Co 1:7, e estavam atarefados na descoberta, no desenvolvimento e no uso de seus dons espirituais.  Eram tão carismáticos quanto é possível a uma igreja local ser.  No entanto, formavam uma área desastrosa, uma das igrejas mais confusas e derrotadas sobre as quais podemos ler no Novo Testamento.
O problema básico dos crentes de Corinto não era os dons espirituais, mas o fruto do Espírito.  Eis a razão pela qual Paulo escreveu o décimo terceiro capítulo de I Coríntios a eles.  Ali, pois, Paulo falou profundamente sobre o amor, o primeiro dos aspectos do fruto do Espírito.  Ele lhes disse que podiam possuir o dom de línguas, o dom da profecia, o dom do conhecimento, o dom da fé, o dom da pobreza voluntária, o dom do martírio e qualquer outro dom espiritual; mas sem o amor, tudo isso se reduzia a absolutamente nada!  (ver I Co 13:1-3). 
Os dons espirituais sem o fruto do Espírito são como um pneu de automóvel sem ar.
3o.) Não confunda os dons espirituais com os papéis dos crentes.
Quando examinamos a lista dos vinte e sete dons espirituais torna-se patente que muitos deles descrevem atividades que são esperadas de cada crente.  Talvez o mais óbvio de todos os dons espirituais seja também um dever do crente – a Fé.  Para que alguém se torne crente e participe do Corpo de Cristo, é mister Fé (Ef 2:8 e 9).  Somos informados que a Fé faz parte do fruto do Espírito (Gl 5:22).  E que “sem fé é impossível agradar a Deus”(Hb 11:6).  Em outras palavras, o estilo de vida de todo crente, sem qualquer exceção, deve ser caracterizado, dia após dia, pela fé.  Acima de tudo isso, entretanto, é o dom especial da fé, que é dado por Deus a apenas alguns  poucos membros do Corpo.
Quando discutimos sobre o dom da hospitalidade, vimos que algumas pessoas recebem uma capacitação especial do Espírito para hospedarem, entretanto, isto não significa que os demais crentes não devam se sentir privilegiados por oferecer seu lar a receber outras pessoas.  A oração é, ao mesmo tempo, um privilégio e uma responsabilidade para todo crente.  Esse é outro exemplo do papel cristão.  Ninguém precisa do dom de intercessão para falar com Deus.
Por igual modo, alguns têm o dom do ministério ou do serviço, mas todos os crentes devem servir uns aos outros (Gl 5:13).  Alguns crentes receberam o dom da exortação, mas todo0s têm o papel de se exortarem mutuamente (Hb 10:25).  Alguns receberam o dom ministerial de evangelista, mas de todos os crentes espera-se que exerçam seu papel de testemunho cristão (Atos 1:8).
   
4o.) Não confunda os dons espirituais com dons simulados.
Leia Mt 24:24 e observe o alerta que Jesus nos faz.  Jesus também falou sobre aqueles que profetizariam e expeliriam demônios em Seu nome, mas que na realidade seriam praticantes de iniqüidades (Mt 7:22 e 23).
No Egito, quando da ação de Moisés em prol da libertação do povo israelita, os mágicos de Faraó puderam imitar um bom número das obras prodigiosas que Deus realizou por intermédio de Moisés (confira em Ex 7 e 8).
Peter Wagner refere-se ao relato de um ex-médium espírita, Raphael Gasson, que se converteu e que narra num livro a maneira como Satanás imita os dons do Espírito.  Relata também a experiência de um evangelista, Petrus Octavianus, da Indonésia.  Conta que em certa ocasião este pregador dirigia a palavra a uma grande audiência de três mil pessoas, em Stuttgart, na Alemanha.  Ao fim da exposição ele pediu um momento de oração silenciosa.  Quando tudo estava quieto, um homem da plataforma levantou-se e começou a falar em línguas.  Petrus voltou-se para ele e, no nome de Jesus, ordenou que ele fizesse silêncio.  Explicou mais tarde que percebeu, pelo Espírito, que aquela fala era produzida pelo inimigo.
ESTUDANDO MAIS ALGUNS DONS ESPIRITUAIS:
Dom 5: Contribuição.
Não há dúvida  de que todo crente deve entregar uma décima parte de seus rendimentos ao Senhor.  De acordo com a Palavra, cada crente deve contribuir com bom ânimo (II Co 9:7).  Esse é o papel cristão, e não há exceções. Há pessoas que enganam regularmente a receita federal, o patrão... Mas ninguém engana a Deus: Não vos enganeis:  de Deus não se zomba;  pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7).
R. G. LeTorneau, um grande industrial texano, era possuidor do dom da contribuição.  A pergunta-chave foi descrita em sua autobiografia.  Ali, ele disse:  “A pergunta não é tanto quanto do meu dinheiro eu dôo a Deus, mas antes, quanto do dinheiro de Deus eu retenho”.  Ele respondeu a essa pergunta, dedicando noventa por cento dos bens de sua companhia à sua fundação evangélica;  e então, ele e sua esposa doaram noventa por cento das rendas que tinham ganho de sua parte nos negócios que dirigiam.  Mas nunca faltou coisa alguma a ele e à sua esposa.
Esse dom espiritual também é conferido a pessoas que ganham pouco.  O apóstolo Paulo mencionou os crentes da Macedônia, os quais doaram com base em sua pobreza (II Co 8:1 e 2).  O comentário de Jesus sobre as moedinhas da viúva, que, assim, contribuiu mais do que fizeram certos homens ricos (Mc 12:41-44) é um passo bem conhecido.
James McCormick, é um homem milionário, empresário da indústria de construções, em Birmingham, Alabama.  Ele descobriu seu dom de contribuição quando ainda estava trabalhando em uma loja de tecidos e ganhava trinta e cinco dólares semanais.  Naquela época ele votou dar cinqüenta por cento de seus rendimentos ao Senhor e assim vem fazendo desde então.
O dom da contribuição é a capacidade especial que Deus dá a certos membros do Corpo de Cristo para contribuírem com seus recursos materiais para a obra do Senhor e isso com liberalidade e satisfação.
 
Dom 22:  Pobreza Voluntária.
É aquela capacidade especial que Deus confere a certos membros do Corpo de Cristo para que renunciem aos confortos e luxos materiais, e adotem um estilo de vida equivalente ao daqueles que vivem em nível de pobreza, dentro de uma dada sociedade, a fim de servirem a Deus com maior eficiência.
John Wesley foi dotado dos dons da contribuição e da pobreza voluntária.  Quando morreu ele deixou luma bem conhecida capa, bem desgastada, e duas colheres de chá de prata, como suas propriedades.  Durante sua vida, entretanto, ele tinha doado ao Senhor cerca de cento e cinqüenta mil dólares.
George Muller, de Bristol, Inglaterra, foi outro crente dessa categoria.  Ele morreu deixando propriedades pessoais no valor de oitocentos e cinqüenta dólares.  Foi um homem pobre durante sua vida inteira. No entanto, quando seus livros contábeis foram examinados, após a sua morte, foi descoberto, para surpresa de todos, que, através dos anos, um total de cento e oitenta mil dólares foram doados por um doador identificado somente como “um servo do Senhor Jesus, o qual, constrangido pelo amor de Cristo, busca ter um tesouro no céu”.  O doador, naturalmente, foi o próprio Muller.
   
Dom 13:  Discernimento de Espíritos.
O NT ensina claramente que todo crente precisa ser capaz de distinguir entre o bem e o mal, o certo e o errado.  O trecho de Hb 5:14 alude àqueles que “têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal”.  Os crentes de Beréia foram elogiados por não serem ingênuos.  Eles comparavam com as Escrituras o que os apóstolos diziam, conforme todos nós devemos fazer (Atos 17:11).  A passagem de I Jo 4:1 é explícita ao dizer: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito;  antes, provai os espíritos se procedem de Deus;  porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo”.
Essas passagens descrevem o papel cristão do discernimento. Entretanto, acima e além daquilo que se espera de todos os crentes, há um dom de discernimento de espíritos, conferido a apenas alguns poucos crentes.  Trata-se de um dom que talvez não seja exercido com freqüência.  Aqueles que o possuem talvez até se mostrem relutantes em usa-lo, porquanto, o mesmo requer muita coragem espiritual.  Mas é reconfortante para o Corpo interiro de Cristo saber que Deus não deixou os crentes indefesos contra as táticas de Satanás e suas forças malignas.
O dom de discernimento de espíritos é a capacidade especial que Deus dá a alguns membros do Corpo de Cristo que os capacita a saber, com segurança, se determinado comportamento, que se apresenta como oriundo de Deus é, na realidade, divino ou então humano ou satânico.
   
Dom 27:  Exorcismo (ou libertação).
O dom do exorcismo é a capacidade especial que Deus dá a certos membros do Corpo de Cristo para que expulsem demônios.  Como já temos destacado nesta estudo, também com relação a este dom, qualquer crente em Jesus tem autoridade para expulsar um demônio.  Acontece que Deus provê a algumas pessoas uma capacidade especial para atuarem nesta área em benefício da Igreja.
É razoável crermos que o conjunto discernimento de espíritos-exorcismo é outro daqueles dons hifenados, como o de pastor-mestre.  Parece que este conjunto estava em operação quando o apóstolo Paulo mostrou-se indignado diante da jovem escrava, em Filipos, que não cessava de dizer: “Estes homens são servos do Deus Altíssimo, e vos anunciam o caminho da salvação”.  Essas palavras não parecem conter qualquer coisa de errado, mas Paulo foi capaz de discernir que um espírito maligno estava falando por intermédio dela, e assim expulsou o espírito (Atos 16:16-18).
A libertação não deve ser praticada sem o dom paralelo do discernimento de espíritos.

http://www.pregaapalavra.com.br/dons/modulo3.htm
DONS ESPIRITUAIS  -  Módulo 4
COMO ACHAR SEUS DONS ESPIRITUAIS
Antes de começarmos a dar os passos com vistas ao descobrimento dos seus dons, há quatro condições prévias fundamentais que precisam caracterizar a sua vida.  Se você deixar de fora qualquer uma dessas condições prévias, perceberá que é muito difícil, se não impossível, descobrir seus dons.
Condições prévias fundamentais para a descoberta dos dons:
Em primeiro lugar, você deve ser um cristão de verdade.  Há pessoas que até freqüentam os cultos com certa regularidade, contribuem com dinheiro e até exercem algum cargo... Mas jamais entraram em um relacionamento pessoal com o Salvador, que poderíamos chamar de nascer de novo.
Nesta oportunidade vale a pena revermos o que vem a ser uma autêntica conversão a Cristo, conforme a Epístola aos Colossenses:  _______________________
Em segundo lugar, você deve crer nos dons espirituais. Você precisa crer que Deus lhe outorgou um dom espiritual antes que dê início ao processo de descobrimento.  Também é mister que você tenha um senso de agradecimento a Deus por haver lhe outorgado algum dom espiritual.
Em terceiro lugar, você deve estar disposto a esforçar-se. Deus lhe deu um ou mais dons espirituais, e isso por alguma razão.  Há um trabalho que Ele quer que você cumpra no Corpo de Cristo, uma tarefa específica para a qual Ele lhe tem equipado.  Deus sabe se você é sério quanto a trabalhar para Ele.  Se você estiver disposto a usar seu dom espiritual com vistas à glória de Deus, bem como ao bem-estar do Corpo de Cristo, Ele haverá de ajuda-lo. 
Em quarto lugar, você deve orar. Antes, durante e depois desse processo, você precisará orar.  Tiago recomendou: “Se algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente...” (Tg 1:5).  Busque a Deus sincera e intensamente, pedindo-lhe orientação.  Visto que Deus que você descubra qual o seu dom espiritual, certamente Ele lhe dará toda a ajuda que você vier a precisar.  Simplesmente peça e confie que Ele o fará.
Armados com essas quatro condições prévias estaremos prontos para examinar os cinco passos necessários para você descobrir o seu dom espiritual.

Passo 1:  Explore as Possibilidades.
Será difícil você descobrir um dom espiritual e não saber, de antemão, o que lhe convirá procurar.  O propósito deste primeiro passo é explorar as possibilidades, é familiarizar-se o bastante com os dons que Deus deu ao Corpo de Cristo, a fim de que, quando você descobrir o seu dom seja capaz de reconhecer em que consiste tal dom.
Estude a Bíblia. Naturalmente, a fonte básica de informações sobre os possíveis dons espirituais é a Bíblia.  Estude até que você se sinta familiarizado com o que a Bíblia ensina a respeito dos dons.
Leia. Nunca antes, na história da Igreja, houve uma literatura tão farta sobre os dons espirituais como em nossos dias.
Procure conhecer pessoas que exerçam dons espirituais. Converse com crentes que já tenham descoberto, desenvolvido e estejam usando seus dons.  Seja abençoado com a experiência destes irmãos.
  
Passo 2: Experimente o maior número possível de Dons
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Você jamais descobrirá se tem talento para jogar boliche enquanto não experimentar.  Você jamais saberá se tem jeito para compor poesias se nunca tentar!

Há dons difíceis de experimentar (como o de martírio, por exemplo!), todavia, a maioria deles não apresenta tal dificuldade.  Você pode fazer experiências com os dons e bom será que experimente o maior número possível.

Um ponto permanente consiste em olhar à sua volta para ver que necessidades você seria capaz de identificar.  Em seguida, tente fazer alguma coisa para satisfazer essa necessidade.  Procure saber quais as necessidades de outras pessoas e da Igreja local.  Descubra onde você pode mostrar-se útil em algum sentido e, então, entre em ação.
Mostre-se disponível para qualquer ocupação na igreja.  Quando você receber alguma tarefa para realizar, faça-a sob oração.  Peça que o Senhor lhe mostre, através daquela experiência, se você tem ou não um dom espiritual compatível com a experiência.
Passo 3: Examine seus sentimentos.
Nosso Deus sabe que se tivermos alegria no cumprimento de uma tarefa faremos um trabalho melhor do que se não gostássemos da mesma. Logo, parte do plano de Deus consiste em combinar o dom espiritual que Ele nos tem dado com os nossos sentimentos, de tal maneira que se realmente tivermos um dom, haveremos de desfrutar prazerosamente do mesmo.
No Salmo 37:4 lemos: “Agrada-te do Senhor, e ele satisfará aos desejos do teu coração”.  Servindo a Deus fielmente teremos a alegria de viver na Sua perfeita vontade.
Passo 4: Avalie a sua eficiência.
Visto que os dons espirituais têm em vista cumprir tarefas, não está fora de ordem esperar que os mesmos funcionem.  Se Deus lhe deu algum dom, Ele assim o fez porque quer que você realize algo para Ele, dentro do contexto do Corpo de Cristo.  As pessoas espiritualmente dotadas obtêm bons resultados.  Se você estiver experimentando um dom e coerentemente descobrir que aquilo que deveria estar acontecendo não acontece, então é provável que você tenha descoberto um outro dos dons espirituais que Deus não lhe deu.
Se você recebeu o dom ministerial de evangelista, então as pessoas aceitarão a Cristo regularmente por meio do seu ministério.  Se você tiver recebido o dom da exortação, ajudará pessoas em seus problemas e verá vidas serem endireitadas.  Se você tiver recebido o dom de curas, pessoas enfermas serão curadas.  Se você tiver recebido o dom da administração, sua Igreja será abençoada pelo seu desempenho.  Quando dons espirituais autênticos estão em operação, aquilo que se espera que aconteça estará acontecendo.

Passo 5:  Espere confirmação por parte do Corpo de Cristo.
Se você julga que possui um dom espiritual e está procurando exerce-lo, mas ninguém em sua Igreja pensa assim, então o mais provável é que você esteja enganado.  Um dom espiritual precisa ser confirmado.

Uma pessoa pode sentir alegria em desempenhar uma função e ainda assim não possuir o dom espiritual respectivo?  Sim.  Por isso este passo 5 é necessário.  Os nossos sentimentos são importantes, mas estão longe de ser infalíveis.  Talvez você tenha um profundo desejo de ajudar a outras pessoas, por exemplo.  E sinta que Deus o está chamando para o ministério de aconselhamento, através do dom da exortação.  Entretanto, se você está fazendo experiências com o aconselhamento, e verifica que durante um certo período de tempo ninguém o procura a fim e ser aconselhado, nem recomenda a seus amigos e parentes que o procurem, nem lhe escrevem notas dizendo o quanto você os tem ajudado, então você terá boas razões para duvidar da validade de seus sentimentos, no que concerne a algum dom espiritual.
A confirmação da parte do Corpo serve de confirmação de todos os passos aqui referidos.  Na ordem de apresentação, esse passo é o de número cinco, mas de muitas maneiras é o passo mais importante de todos.
Os dons espirituais são conferidos para serem usados dentro do contexto do Corpo de Cristo.  É necessário, por conseguinte, que os demais membros do Corpo tenham a palavra final na confirmação de seu dom.

Conhecendo mais alguns dons espirituais:
            DOM 3: DOM DO ENSINO
            O dom de ensino é a capacidade especial que Deus dá a certos membros do Corpo de Cristo para comunicarem informações relevantes para a saúde e o ministério do Corpo de Cristo e seus membros, fazendo-o de tal maneira que outros sejam capazes de aprender.
            Sempre é necessário manter em mente o para que serve o dom de ensino: que as pessoas aprendam.  Este dom figura em todas as três listas primárias dos dons espirituais: Rm 12, I Co 12 e Ef 4.  Isso não quer dizer que um dom seja mais válido somente porque é mencionado mais de uma vez, embora provavelmente signifique que é mais universal.
            Apesar de ser verdade que diferentes Igrejas possuem diferentes conjuntos de dons, virtualmente todas as Igrejas recebem o dom de mestre como parte dessa combinação. 
            O dom de ensino manifesta-se com muitas variedades.  Algumas pessoas recebem o dom de ensino que lhes permite comunicar-se melhor com as crianças. Há pessoas que receberam o dom do ensino e o utilizam no discipulado, como foi o caso de Paulo e Timóteo e de Áquila e Priscila com Apolo (ver Atos 18:26).
            Este dom, usualmente, é um dom que envolve tempo integral.  Ao inverso de outros dons que usualmente só são utilizados ocasionalmente, como o de libertação ou o de discernimento de espíritos, uma vez descoberto e estando em operação, o ensino geralmente envolve um uso regular e constante, em que muito tempo é dedicado ao estudo e à preparação.
            Os mestres que receberam o dom de ensino também se mostram pacientes com seus alunos.  Eles criam uma atmosfera, em classe, onde os estudantes sentem-se livres para levantar indagações de qualquer tipo.
 
            DOM 20: DOM DE PASTOR
            O dom de pastor é aquela capacidade especial que Deus dá a certos membros do Corpo de Cristo para assumirem uma responsabilidade pessoal, a longo termo, pelo bem-estar espiritual de um grupo de crentes.
            O vocábulo “pastor” foi tomado por empréstimo das atividades pastoris, particularmente da criação de ovelhas.  De modo algum essa ocupação é tão bem entendida hoje como se dava na Palestina no início do Cristianismo.  O pastor de um grupo de crentes é a pessoa, abaixo de Jesus (que é o Pastor Supremo), que trabalha no ensino, na alimentação das almas, na cura das feridas de alma, no desenvolvimento do senso de unidade, no auxílio para que as pessoas descubram seus dons. 
            O dom de pastor com freqüência é vinculado ao dom de mestre, como já vimos em Efésios 4:11.  É verdade que o ensino faz parte da responsabilidade daquele que recebeu o dom de pastor, porém o ensino pode envolver uma relação de curto prazo entre professor e estudantes, e ainda assim funcionar bem.  Entretanto, o dom de pastor envolve uma relação muito mais paciente e pessoal a longo prazo.  Nenhuma Igreja contrata alguém para vir fazer trabalho pastoral por uma semana.
            Peter Wagner expõe sua opinião de que leigos recebem o dom de pastor e que, por vezes, pastores de grandes Igrejas não receberam exatamente este dom de pastoreio, embora tenham o título (ele tem em mira exemplos norte-americanos, em que tais pastores são administradores e pregadores).
 
            DOM 4: DOM DE EXORTAÇÃO
            Um crente pode manifestar esse dom de duas maneiras diversas: em uma situação de pregação ou de ensino (em um encontro de grupo) ou em uma situação particular de pessoa para pessoa, para satisfazer à necessidade específica de um momento especial.  O crente dotado deste dom preocupa-se com o bem-estar espiritual dos irmãos na fé; pois ele tem uma qualidade especial para ministrar palavras de consolo, encorajamento, ânimo e conselho a outros membros do Corpo, de tal modo que estes se sentem ajudados e curados.
            O mais eminente exemplo bíblico do dom da exortação foi o companheiro de Paulo, Barnabé, que foi chamado de “filho da exortação”, em Atos 4:36.  Barnabé foi instrumento de Deus para introduzir Paulo no ministério, como também para encaminhar João Marcos (que fora recusado pelo apóstolo Paulo).
            Todos os crentes têm o dever de cuidar uns dos outros.  Lemos em Hebreus 3:13 “exortai-vos mutuamente cada dia”.  O estilo de vida dos crentes, em associação uns com os outros, deveria aconselhar, compartilhar e encorajar uns aos outros a todo o tempo.  Porém, acima disso, alguns crentes são dotados do dom especial do aconselhamento.
 
            DOM 18: ADMINISTRAÇÃO
            O dom da administração é aquela capacidade especial que Deus dá a alguns dos membros do Corpo de Cristo a fim de que ministrem na área de planejamento estratégico e também na execução de planos eficazes para a concretização dos alvos que Ele tem para Sua Igreja.
            A palavra grega correspondente ao dom da administração significa “piloto”, aquele que maneja o timão.  É o piloto ou timoneiro que está encarregado de levar o navio a seu destino.  Essa é uma perfeita descrição da pessoa a quem Deus deu o dom da administração.  O timoneiro é aquele que fica entre o proprietário do navio e a tripulação.  O proprietário da embarcação toma as decisões básicas quanto aos propósitos da viagem, para onde o navio está indo, e o que será feito, quando este chegar a seu destino.  Também cuida de contratar um piloto, monitorando a competência dele.  A tripulação, por sua vez, recebe ordens do piloto e faz o trabalho físico necessário para que o piloto conduza o navio ao seu destino.
       
            DOM 10: FÉ
            O dom da fé é aquela capacidade especial que Deus dá a alguns dos membros do Corpo de Cristo para poderem discernir, com extraordinária confiança, a vontade e os propósitos de Deus quanto ao futuro de Sua obra.
            As pessoas dotadas com o dom da fé usualmente estão mais interessadas pelo futuro do que pela história.  Essas pessoas são pensadoras que se concentram nas possibilidades, sem se deixarem desencorajar pelas circunstâncias, pelos sofrimentos ou pelos obstáculos.  São capazes de confiar em Deus quanto à remoção de montanhas, conforme verificamos em I Coríntios 13:2.  À semelhança de Noé, elas se dispõem a construir uma arca em seco, mesmo diante do ridículo e da crítica, sem jamais tolerarem qualquer dúvida de que Deus realmente enviará um dilúvio.
            O célebre George Muller, de Bristol, na Inglaterra, há mais de cem anos atrás, percebeu com clareza a vontade de Deus quanto a orfanatos e não se deixou abater por múltiplos obstáculos, incluindo a quantia de cinco milhões de dólares que precisou levantar.  Todo este dinheiro foi recolhido durante o seu período de vida (ele também foi citado quando estudamos o dom da pobreza voluntária!).  Muller adotou como norma nunca fazer pedidos diretos por dinheiro, mas seu ministério tornou-se bem conhecido e os fundos foram suficientes. Ele foi um homem de intercessão.
            A pessoa com o dom da fé, e que ocupe uma posição de liderança na Igreja local poderá discernir, com um grande grau de confiança, onde Deus quer que a Igreja esteja dentro de cinco ou dez anos.  Será capaz de estabelecer alvos.  Poderá estabelecer uma atitude de crescimento.
 
            DOM 6: LIDERANÇA
            O dom da liderança é aquela capacidade especial que Deus dá a certos membros do Corpo de Cristo para estabelecer alvos harmônicos com o propósito de Deus para o futuro, transmitindo esses alvos a outros de tal modo que, voluntária e harmoniosamente, operem juntos para concretizar aqueles alvos para a glória de Deus.
            Os líderes precisam de seguidores.  Se a qualidade da liderança se deve a um dom (em contraste com algum mero diploma ou poder legal), seus seguidores o farão de forma voluntária.  Os líderes dotados por Deus nem manipulam e nem coagem.  Antes, geram a confiança própria de quem sabe para onde está indo e qual será o próximo passo.  Muitas pessoas querem ser lideradas.
            Os melhores líderes não se mostram tensos.  Eles sabem o que precisa ser feito e também sabem que não podem fazê-lo, eles mesmos.  E assim desenvolvem habilidades no campo da delegação e transferência de responsabilidades para outras pessoas.                    


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