PESSOAS SE PASSAM POR MENORES EM PERFIS FAKES NO FACEBOOK | Tocantins e delegado alerta sobre como evitar e o que fazer após o crime de extorsão Vítima denunciou após cair no golpe, um falso delegado mandou mensagens de ameaça de prisão em troca de dinheiro.

 

Tocantins e delegado alerta sobre como evitar e o que fazer após o crime de extorsão

Vítima denunciou após cair no golpe, um falso delegado mandou mensagens de ameaça de prisão em troca de dinheiro. 






Polícia Civil investiga casos e diz que não se deve ceder e pagar o valor pedido pelos criminosos.



POR G1 TV ANHANGUERA



Delegado explica características típica dos criminosos utilizadas no golpe do nudes

A troca ‘nudes’, que são fotos íntimas enviadas por aplicativos de mensagens, levou criminosos a criar uma nova modalidade de golpe virtual. Uma pessoa que se identifica como delegado de polícia entra em contato com a vítima e afirma que ela será presa por compartilhar esse tipo de conteúdo com menores de idade. Mas, para evitar a prisão, os criminosos pedem dinheiro. Esse é o chamado ‘golpe da novinha’, que inclusive tem sido aplicado em Palmas.

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Uma pessoa relatou o caso à TV Anhanguera após ter sido extorquido por mensagens que trocou com uma pessoa pela internet. Um ‘falso delegado’ entrou em contato informando que a pessoa que ele conversava era menor de idade e que se ele não o atendesse por telefone, iria até um juiz para representar pelo mandado de prisão, que poderia ser cumprido em até 24 horas.

“Se trata de uma criança que tem 15 anos de idade. É um caso de pleno sigilo onde eu preciso que o senhor me atenda. Caso contrário vai [sic] ser tomada as medidas cabíveis em 24 horas e não há o melhor advogado do mundo que possa reverter, na qual o senhor vai ser encaminhado a um presídio regional estadual da sua cidade, ficar retido de 30 a 90 dias”
, diz trecho da ameaça.

Mensagem recebida por falso delegado a morador de Palmas — Foto: TV Anhanguera/Reprodução

Mensagem recebida por falso delegado a morador de Palmas — Foto: TV Anhanguera/Reprodução

Para alertar a população sobre o crime, o delegado Alexander Pereira, da DEIC de Araguaína, deu mais detalhes de como os bandidos agem e a formas de abordagem às pessoas escolhidas para a extorsão.

“Infelizmente a criminalidade migrou para o ambiente cibernético e vem cada vez se valendo do mundo virtual para praticar diversos delitos. Esse golpe, conhecido como golpe da novinha ou da nudez, geralmente os criminosos criam um perfil fake, com a foto de uma menina jovem, por isso que o nome é golpe da novinha, é uma menina jovem, atraente. Inicia a conversa com através das redes sociais, Facebook, Instagram, manda uma solicitação de amizade. Essa conversa começa e geralmente eles migram para o Whatsapp e ali eles aprofundam esse diálogo, começam a conversar e então há uma troca de fotos íntimas, de conteúdo íntimo", explicou.

Ainda segundo o delegado, por esse perfil fake, os criminosos encaminham fotos da ‘novinha’ para a vítima, que se sente encorajada e acaba encaminhando foto dela também. A partir daí os criminosos iniciam um esquema de extorsão. As principais vítimas, por vezes selecionadas, são homens casados e pode haver duas modalidades para o golpe.

 

"Quando a vítima encaminha fotos nuas, onde aparece o rosto, tatuagem, traços característicos da vítima. Então os criminosos, em posse desse conteúdo, passam a extorquir, falam que vão divulgar aquele conteúdo. Para não divulgar, solicitam dinheiro. Em outros casos, a vítima nem chega a encaminhar conteúdo ou fotos íntimas. Só que os criminosos criam todo um teatro, se passam por delegados, por agentes de polícia ou por familiares daquele perfil fake dizendo que a menina é menor de idade [...] Então um outro perfil falso entra em contato com a vítima e fala que para não expedir o mandado de prisão, solicita dinheiro”, afirmou.

Alexander Pereira, da Deic de Araguaína — Foto: TV Anhanguera/Reprodução

Alexander Pereira, da Deic de Araguaína — Foto: TV Anhanguera/Reprodução

Como não se tornar uma vítima

O delegado da DEIC explicou que muitos casos similares estão sendo registrados no Tocantins e deixou claro que em hipótese alguma a vítima pode ceder, ou seja, pagar o que os criminosos pedem.

“Ela tem que procurar imediatamente a delegacia e comunicar o fato. A partir desse fato comunicado, a Polícia Civil tem os mecanismos de investigação apropriado, vai iniciar a investigação para tentar identificar os criminosos que estão por trás daquele perfil fake”, alertou.

O ideal, para o delegado, é manter a tranquilidade e mesmo que talvez seja um indivíduo casado, tem que superar a questão da vergonha e procurar a delegacia de polícia. Somente a equipe fica sabendo do fato, que será restrito.

Além dessa orientação para depois do ocorrido, o delegado Alexander reforçou que as pessoas devem evitar a troca desse tipo de conteúdo para pessoas desconhecidas ou pouco conhecidas. “Ao entrar no perfil da pessoal, não tem muitos seguidores ou então ela quase não expõe conteúdo ali. Geralmente são indícios de que é um perfil fake”, explicou.


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