Simulado de Literatura – ENEM

Literatura – ENEM

  1. Com base no conceito de literatura como arte poética e ficcional, alguns textos são literários, outros, não.Observe as declarações que se fazem sobre eles.

I.                     A linguagem utilizada pelos autores de textos não literários é a denotativa.
II.                   A função principal dos textos não literários é informar, esclarecer, convencer.
III.                  O texto literário tem uma função estética, enquanto o não literário tem função literária.
IV.                A função principal dos textos literários é comover, despertar sentimentos, provocar a reflexão.
V.                  O autor, no texto literário, procura recriar a realidade, utilizando, principalmente, a linguagem conotativa.

Assinale a alternativa mais adequada a respeito das declarações anteriores.

a) São todas falsas.
b) São todas verdadeiras.
c) São verdadeiras apenas a II e a IV.
d) São falsas a I e a II.
e) São falsas a IV e a V.

2.(Enem -  MEC)

Texto I

Principiei a leitura de má vontade.e logo emperrei na história de um menino vadio que, dirigindo-se à escola, se retardava a conversar com os passarinhos e recebia deles opiniões sisudas e bons conselhos.Em seguida vinham outros irracionais, igualmente bem-intencionados e bem falantes.Havia a moscazinha, que morava na parede de uma chaminé e voava à toa, desobedecendo às ordens maternas: tanto voou que, afinal, caiu no fogo.esses contos me intrigaram com o (livro) Barão de Macaúbas.Infelizmente um doutor, utilizando bichinhos, impunha-nos a linguagem dos doutores. – Queres tu brincar comigo?
O passarinho, no galho, usava adjetivos colhidos no dicionário.a figura do barão manchava o frontispício do livro, e a gente percebia que era dele o pedantismo atribuído à mosca e ao passarinho.Ridículo um indivíduo hirsuto e grave, doutor e barão, pipilar conselhos, zumbir admoestações.
                                     Adaptado de :Ramos, Graciliano, Infância.

Texto II

Dado que a literatura ensina na medida em que atua com toda a sua gama, é artificial querer que ela funcione como os manuais de virtude e boa conduta.E a sociedade não pode senão escolher o que em cada momento lhe parece adaptado aos seus fins, enfrentando ainda assim os mais curiosos paradoxos, pois, mesmo as obras consideradas indispensáveis para a formação do moço, trazem frequentemente o que as convenções desejariam banir.Aliás, essa espécie de inevitável contrabando é um dos meios por que o jovem em contato com realidades que se tenciona escamotear-lhe.
                               Adaptado de: Candido, Antônio. A literatura e a formação do homem.

Os dois textos, com enfoque diferentes, abordam um mesmo problema, que se refere, simultaneamente, ao campo literário e ao social.Considerando-se a relação entre os dois textos, verifica-se que eles têm em comum o fato de que:

a) Tratam do mesmo tema, embora com opiniões divergentes, expressas no primeiro texto por meio da ficção e, no segundo, por meio de uma análise sociológica.
b) Foi usada, em ambos, linguagem de caráter moralista em defesa de uma mesma tese: a literatura, muitas vezes, é nociva à formação do jovem estudante.
c) São utilizadas linguagens diferentes nos dois textos, que apresentam um mesmo ponto de vista:  a literatura deixa ver o que se pretende esconder.
d) A linguagem figurada é predominante em ambos, embora o primeiro seja uma fábula e o segundo um texto científico.
e) O tom humorístico caracteriza a linguagem de ambos os textos, em que se defende o caráter pedagógico da literatura.

3.Toda arma forjada contra ti não prosperará; toda língua que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do Senhor e o seu direito que de mim procede.
                                                                       Isaías 54, 17

A função que vemos no texto acima é:

a) Cognitiva
b) Lúdica.
c) Sinfônica
d) Catártica
e) Social.

4.(ENEM – MEC)

Isto

Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo.Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!

                 Pessoa, Fernando. Poemas escolhidos.

Fernando Pessoa é um dos poetas mais extraordinários do século XX.sua obsessão pelo fazer poético não encontrou limites.Pessoa viveu mais no plano criativo do que no plano concreto, e criar foi a grande finalidade de sua vida.Poeta da “Geração Orfeu”, assumiu uma atitude irreverente.Com base no texto e na temática do poema “Isto”, conclui-se que o autor:

a)Revela seu conflito emotivo em relação ao processo de escritura do texto.
b) Considera fundamental para a poesia a influência dos fatos sociais.
c) Associa o modo de composição do poema ao estado de alma do poeta.
d) Apresenta a concepção do romantismo quanto à expressão da voz do poeta.
e) Separa os sentimentos do poeta da voz que fala no texto, ou seja, do eu – lírico.

5. Quanto a forma de um texto, sabemos que o SONETO é uma das formas poéticas mais tradicionais e difundidas nas literaturas ocidentais e expressa, quase sempre, conteúdo:

a) Dramático
b) Satírico
c) Lírico
d) Épico
e) Cronístico
6. Assinale a alternativa incorreta a respeito do Trovadorismo?

a) Muitas cantigas trovadorescas foram reunidas em livros ou coletâneas que receberam o nome de cancioneiros.
b) Durante o Trovadorismo, ocorreu a separação entre poesia e música.
c) Nas cantigas de amor, há o reflexo do relacionamento entre senhor e vassalo na sociedade feudal: distância e extrema submissão.
d) Nas cantigas de amigo, o trovador escreve o poema do ponto de vista feminino.
e) A influência dos trovadores provençais é nítida nas cantigas de amor galego-portuguesas.


7. Assinale a afirmação falsa sobre as cantigas de escárnio e mal dizer:

a) Os alvos prediletos das cantigas satíricas eram os comportamentos sexuais (homossexualidade, adultério,  padres e freiras libidinosos), as mulheres (soldadeiras, prostitutas, alcoviteiras e dissimuladas), os  próprios poetas (trovadores e jograis eram freqüentemente ridicularizados), a avareza, a corrupção e a  própria arte de trovar.
b) As cantigas satíricas perfazem cerca de uma quarta parte da poesia contida nos cancioneiros galego-  portugueses. Isso revela que a liberdade da linguagem e a ausência de preconceito ou censura  (institucional, estética ou pessoal) eram componentes da vida literária no período trovadoresco, antes de a repressão inquisitorial atirá-las à clandestinidade.
c) A principal diferença entre as duas modalidades satíricas está na identificação ou não da pessoa atingida.
d) Algumas composições satíricas do Cancioneiro Geral e algumas cenas dos autos gilvicentinos revelam a obrevivência, já bastante atenuada, da linguagem livre e da violência verbal dos antigos trovadores.
e) O elemento das cantigas de escárnio não é temático, nem está na condição de se omitir a identidade do  ofendido. A distinção está no retórico do “equívoco”, da ambigüidade e da ironia, ausentes na cantiga de  maldizer.

8. Uma das afirmações é correta:

a) As cantigas de amigo eram compostas por mulheres.
b) Cancioneiros eram intérpretes das cantigas.
c) O intérprete era sempre o próprio compositor da cantiga.
d) Na cantiga de escárnio, a crítica é encoberta.
e) As cantigas não eram acompanhadas ao som da harpa.

9. Qual o texto que deu origem ‘a Literatura Portuguesa?

a) Cantiga de Queredes – por Paio Soares de Taveirós
b) Cantiga de Bonevax – por Martim Codax
c) Cantiga de Guarvaya -  por Spina Guilhade
d) Cantiga Loaçon -  por D. Diniz
e) Cantiga da Ribeirinha – por Paio Soares de Taveirós

10. Amor, desamor e ciúme; frequentemente inspiração na vida popular, bem como a exploração do eu feminino indicam cantigas de:

a) Amigo
b) Amor e amigo
c) Escárnio
d) Amor
e) Maldizer.




Gabarito

  1. B
  2. C
  3. D
  4. E
  5. C
  6. B
  7. C
  8. D
  9. E
  10. A

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