LOUVOR E ADORAÇÃO *



LOUVOR E ADORAÇÃO


Módulo 1 - VOCÊ SABE O QUE É UM “LEVITA”?


Se você ler, na Palavra de Deus,
em Números 8:11, “ E Arão oferecerá os levitas por oferta movida, perante o SENHOR, pelos filhos de Israel; e serão para servirem no ministério do SENHOR”. “levita é todo aquele que serve no ministério do Senhor”.
Baseados neste fato, os músicos que têm a pretensão de se acharem os levitas na Igreja, deverão começar a analisar melhor esta postura.
Aquele irmão que limpa o salão, que mexe com a transparência (no retro), que recebe as pessoas para reuniões/cultos e faz isso de coração, para agradar a Deus, é um levita.
Ele só não se envolve com a música, mas é um levita.
Uma das primeiras coisas que devemos querer, pra sermos bons levitas, em se tratando da área da música, tanto quem toca ou canta, é SERMOS IMITADORES DE CRISTO (Ef. 5:1SEDE, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;).
Querer imitar é querer ser igual, ser parecido.

Mas pra sermos parecidos com Jesus,
devemos aprender 03 características sobre Ele.

1ª) SEM GLÓRIA, SEM HONRA, SEM INTERESSE PESSOAL

Nossa oração deve ser:
“Senhor, ao ministrar louvor, não quero honras, não quero glórias. Isso tudo pertence à Ti. Me esvazio de mim mesmo e me humilho na Tua presença”.

(Infelizmente existem pessoas que quando estão tocando e cantando, se preocupam mais em observar a reação da congregação, ao virem o seu desempenho, do que em propriamente louvar).
O que nos impede de concentrar toda a nossa atenção no Senhor, na adoração ao Senhor, é o medo que temos do ser humano.

“Ish... O que fulano vai pensar se eu fizer assim?
E o cicrano? Vai achar que eu tô maluco(a)!”

Músico tem muito medo de errar na hora H; as pessoas que realmente adoram a Deus não se importam com aqueles que estão ao seu redor. Tudo o que sabem é que estão em comunhão com Ele e que se houver qualquer tipo de problema, Ele resolverá.
Apenas três pessoas me interessa agradar: Pai, Filho e Espírito Santo.
Devemos cuidar dos nossos sentimentos, pois se há uma coisa que o inimigo faz de tudo pra mexer (com quem lida com o ministério do louvor), é o ego.

O diabo sabe que a música é um elemento divino para a ministração no mundo espiritual. Ele sabe que o louvor liberta. Por isso ele tenta ter os melhores sons, os melhores músicos, os melhores shows (mega-shows), as melhores bandas, os melhores equipamentos.

Ele sabe que a música penetra o mundo espiritual.
É só observar os grandes astros da música daqui e de fora...

NÓS TAMBÉM SABEMOS QUE O LOUVOR LIBERTA!

Muitas vezes, vemos pessoas chegando à igreja totalmente despedaçadas, arrebentadas, sem saber até o que vieram fazer na Igreja; mas na hora da ministração do louvor (cantado), o quadro muda de figura...

Você e eu, como levitas, atuantes e com talentos na música, precisamos nos cuidar, pois não podemos, de maneira alguma, viver uma vida de músico, de levita, querendo honras e glórias para nós mesmos.
Precisamos nos esvaziar!!! E por que?
Porque se não nos cuidarmos, daqui a pouco vamos abrir fã-clubes.
De repente os olhares estarão focados em nós, como alguém que está sempre acima, no alto. O Senhor deseja que vivamos em humildade.
É muito importante que saibamos que o Senhor não precisa de bons músicos. Isso Ele já tem ao Seu lado. Os anjos cantam e tocam pra Ele o tempo todo. Pense em Davi, tocando sua harpa para o Senhor...
O que o Senhor deseja, de verdade, é bons ADORADORES!

2ª) TOTALMENTE OBEDIENTES À VONTADE DE DEUS

Somos criativos. E isso eu sei muito bem, por causa da minha profissão (sou publicitária).
Brasileiro, então... Tem criatividade de sobra!
Monte um quadro na sua mente: pensamos em fazer algo na Igreja; aí, basta ouvir um pouco aqui, um pouco ali, e a mente começa a fervilhar.
Posso fazer assim, posso fazer assado, posso fazer isso, posso fazer aquilo.
E posso, e posso, e posso... Claro! Tudo vai contribuir para o crescimento da Igreja.
Será? Será que na ânsia de acertar, querendo fazer 1000 coisas, tudo-ao-mesmo-tempo-agora, paramos pra perguntar ao Senhor se o que temos em mente, é também a vontade dEle?!? E pode ter certeza: quando não fazemos essa pergunta à Ele, quase sempre “damos com os burros n’água”.  A probabilidade do fracasso é bem maior; pode apostar...

Quer uma dica de sucesso em todos os seus projetos?

Submeta-se à vontade do Senhor. Falo por experiência própria...

E QUANDO TIVER MUITA SEDE DE FAZER E ACONTECER,
VÁ NA PALAVRA DE DEUS E LEIA ISAÍAS 5: 8-9.Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores no meio da terra!
A meus ouvidos disse o SENHOR dos Exércitos: Em verdade que muitas casas ficarão desertas, e até as grandes e excelentes sem moradores.”




3ª) RESGATAR VIDAS PARA O REINO DE DEUS

O que Jesus disse à mulher samaritana (já disse isso anteriormente...)?
Que “o Pai procura adoradores”. ADORADORES. (João 4: 23 Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem).
E não adoração. Aliás, o Senhor não precisa da nossa adoração.
Ele continua sendo Deus, quer você O adore ou não.
Mas o louvor existe, quando o tiramos da alma. O Senhor não deseja que nos esforcemos para adorá-Lo. E esse esforço realmente não acontece, quando lembramos do sacrifício da cruz,  de todos os milagres que Ele já operou em nossas vidas.
SIMPLESMENTE O ADORAMOS! E ESSE LOUVOR RESGATA VIDAS.
As nossas e as de outros.

Sinto muito em te dizer isso: você pode se arrebentar, fazendo 1001 coisas com a tua voz, com o teu instrumento, com o teu corpo (pensando, agora, em coreografia), com o teu talento de ator/atriz, MAS, se as suas atitudes forem de encontro, ou seja, contrárias, ao que o Senhor quer para a sua vida, isso tudo será vão, pois você jamais conseguirá atingir, tocar as pessoas.
Você até pode ser usado por Ele, pois Ele usa quem Ele quer, da forma que Ele quer; mas isso não significa que vocês seja aprovado por Ele.
E é isso que deve importar, realmente: se somos aprovados diante dEle.
Confira em II Tim. 2: 15  Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. – Tiago 1: 12  Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam. – I Tess. 2:Mas, como fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações.

Devemos orar para que o Senhor levante levitas que se preparem na palavra de Deus, na unção do Senhor, no testemunho de vida, para assim darmos frutos para o reino.
Hoje em dia, infelizmente, há muitas “estrelas”, músicos e cantores mais preocupados com suas carreiras, do que trabalhar para a expansão do Reino de Deus.
Quando nos entregamos em qualquer trabalho na Igreja, visando tão somente a Glória do Senhor, sendo manifestada nas nossas vidas, e nas de outros, o Senhor mesmo nos enche de criatividade para trabalharmos melhor pra Ele.

ü   DIGA NÃO À IDOLATRIA


O que tem ocupado, verdadeiramente, o 1º lugar no seu e no meu coração?

Qualquer coisa, ou pessoa, que não for exatamente a Pessoa do Senhor Jesus, isso poderá ser chamado de “ídolo”: dinheiro, poder, interesse próprio, opinião pessoal, pessoas, Internet, TV, vídeo-game...
Voltando ao ponto da 1ª característica de Jesus (sem honras, sem glórias), a vaidade é um ídolo terrível, capaz de fazer com que a gente se esborrache com tudo no chão.
Quanta coisa pode estar tomando o lugar do Senhor, nas nossas vidas...

Como ser levita, adorador, tocar instrumento, ministrar louvor com a nossa voz, tendo ídolos dentro de nós?

Muitas vezes admiramos esse ou aquele músico/cantor, mas no fundo sabemos que nunca seremos como ele, pois não queremos abrir mão dos nossos próprios interesses, para sermos parecidos com ele.
“Ele estuda muito; se dedica muito... E eu tenho tantas outras coisas a fazer...”
Muitas vezes é mais fácil enxergar ídolos de longe: na macumba na esquina, no altar na casa de alguém que não conhece a Jesus, nos penduricalhos no pescoço das pessoas. Talvez assim, seja menos dolorido olhar pra dentro e descobrir quantos ídolos existem dentro de nós.
Vejamos o que diz em Zacarias 13: NAQUELE dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi, e para os habitantes de Jerusalém, para purificação do pecado e da imundícia.
E acontecerá naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, que tirarei da terra os nomes dos ídolos, e deles não haverá mais memória; e também farei sair da terra os profetas e o espírito da impureza.

 

Peçamos ao Senhor que Ele arranque de nós todo ídolo, se este existir.

ü     GOVERNO PRÓPRIO


Qualquer liderança na Igreja (mais especificamente na área do louvor, que é sobre o que estamos tratando aqui) tem que estar debaixo da liderança de um Pastor.

NÃO EXISTE MINISTÉRIO DE LOUVOR INDEPENDENTE.

Obviamente que o Pastor não pode (e creio que nem quer) fazer tudo sozinho.
Cada ministério (dentro da igreja) deve ter o seu líder, mas essa liderança tem que estar se sujeitando a liderança do Pastor.
Não existe ministério particular.
Existe o Corpo e os dons que Deus dá a cada um.



O Ministro de Louvor Ron Kennoly (seguramente um dos melhores do mundo) relacionou 10 coisas NUM LÍDER DE LOUVOR, que incomodam o Pastor.


1)          Não começar na hora;
2)          Não terminar a tempo;
3)          Falar muito antes, durante e depois do culto;
4)          Cantar coros que não são apropriados para a adoração;
5)          Roupa inadequada;
6)          Ir muito além das pessoas e perder-se no seu próprio mundo;
7)          Abuso verbal com relação à congregação, quando a resposta não é a desejada;
8)          Cantar numa tonalidade muito alta, ou muito baixa, para a congregação;
9)          Redundância por cantar os mesmos coros, semana após semana;
10)      Ter a sua própria agenda.



Já o Pastor Dick Bernal (que é o Pastor do Ron Kenoly), descobriu 10 coisas que incomodam UM LÍDER DE LOUVOR, em relação ao Pastor.

1)          Falta de apoio da parte do púlpito (do pastor);
2)          Cortar o período de louvor em virtude de limitações de horário;
3)          Um pastor (e esposa) que não participam do louvor;
4)          Ouvir sobre todos os problemas sem apreciação pelas boas coisas;
5)          Ser solicitado a executar um número de improviso (isso é muito constrangedor quando a equipe de louvor não conhece a música solicitada);
6)          Quando a esposa do pastor deseja liderar o departamento;
7)          Não enviar o líder de louvor a seminários e conferências que seriam de grande ajuda à igreja;
8)          Não alocar orçamento suficiente para a compra de um bom equipamento musical;
9)          Pastores que não gastam um tempo de qualidade com os seus líderes de louvor para orar e aconselhá-los, especialmente em tempos difíceis;
10)      Pastores que não confiam na capacidade de seus líderes de louvor, para formar uma equipe de primeira qualidade.
Vendo tudo isso, a gente percebe o quanto é importante que estejamos andando juntos, ao lado da liderança da igreja (no caso, os Pastores).
Sendo assim, se por um acaso você tem em mente começar algum ministério na Igreja, primeiro ore e pergunte ao Senhor se essa também é a vontade dEle.
Depois, vá falar com o seu Pastor.
Por último, quero falar com você, que não sente vontade de fazer nada na Igreja porque se sente incapaz, se sente “um zero à esquerda”.

Um irmão, que por muitos anos foi ourives em Nova York, compartilhou com o Pastor (e Ministro de Louvor) Sóstenes Mendes (da Igreja Batista do Getsêmani/BH) o processo de “como purificar o ouro”.
Pega-se uma pedra bruta, fosca, sem vida, e coloca-se numa panela arredondada em forma de meia lua, chamada cadinho.
A pedra bruta (e sem valor) começa a receber um fogo intenso, que sai do maçarico do ourives. E quanto mais o ourives projeta o fogo sobre aquela pedra, mais a pedra se derrete. E basta o ourives colocar uma pitadinha de um produto químico, que toda a impureza do ouro vai se desgrudando e se acumulando na borda da panela.
A pedra que era fosca, sem brilho, inútil aos olhos de muitos, se torna uma bola incandescente, que gira velozmente dentro da panela. E quanto mais gira, quanto mais roda, mais se desprende a impureza. O ourives só pode parar com o fogo, quando vir seu rosto refletido na bola de ouro.

Podemos transportar essa ilustração para a nossa própria vida espiritual.
Você e eu somos pedra de ouro, somos preciosos pra Jesus.
Ainda que nos achemos sem brilho, foscos e sem valor algum (muita gente, às vezes, acha isso também), não é dessa maneira que o Senhor nos enxerga.
Ele sabe que mesmo que haja impurezas em nós, Ele pode nos tocar com o Seu fogo e fazer com que essa impureza saia, pra que nos tornemos brilhantes; aí, quando nos tornamos brilhantes, o ourives (que é Jesus) pode ver o Seu rosto refletido em nós.
Não se menospreze não se subestime...
Com certeza você tem dons e talentos pra realizar algo, na obra do Senhor.
Pergunte a Ele o que Ele quer que você faça para O glorificar...
Temos a tendência de colocar a culpa dos nossos erros e frustrações em cima do diabo.
É lógico que ele tá aí pra tentar detonar com as nossas vidas; por outro lado, muitas vezes nós é quem agimos errado, “metendo os pés pelas mãos”, não querendo nos submeter a uma liderança, a um discipulado, um conselho, uma palavra de alguém, que já caminhou com o Senhor mais tempo que nós. Só o fogo pode purificar o ouro.

Só Jesus pode nos purificar!
Se quisermos ser imitadores do Senhor, se desejamos ardentemente trabalhar para a expansão do Seu reino, (sem glórias, sem honras, sem interesse próprio) devemos permitir que Ele nos toque com brasas vivas do altar.

QUER SER UM LEVITA SEGUNDO O CORAÇAO DE DEUS (como era o Rei Davi)?
Permita que o Senhor te queime; que te conduza à Sua vontade...
"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor" I Coríntios 15: 58 “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor”.

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FONTES (INSPIRADORAS):

1)        O Senhor Jesus
2)        Pastor Sóstenes Mendes (IBG-BH)
3)        Ron Kenoly (Ministro de Louvor – E.U.A) Livro “Exaltemos ao Senhor”
Um grande abraço e que o Senhor te encha e derrame, a cada dia, da Sua unção,
seu poder e te faça um adorador; em espírito e em verdade...

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MÓDULO 2 - O MÚSICO SEGUNDO CRISTO

Infelizmente, nos dias de hoje, muitos músicos cristãos tem sido um péssimo testemunho diante das pessoas. A imagem que temos passado para elas, é de que não temos compromisso e uma real experiência com Deus, não oramos e não conhecemos a Palavra de Deus, somos instáveis, egoístas, orgulhosos, rebeldes, insubmissos, preguiçosos, indolentes, desorganizados, causadores de confusões e intrigas, causadores de divisão dentro do Corpo de Cristo. Muitas vezes, também somos reconhecidos como os "estrelas" por causa das nossas atitudes quando queremos buscar somente reconhecimento, aprovação e aplausos das pessoas. Pensamos mais em nós e menos nas pessoas, e não queremos nos "misturar" com ninguém mantendo assim uma imagem de "artista pop-star". Por causa desta imagem que temos passado, certo dia fiquei incomodado e me perguntei: "Será que eu faço parte desta classe de músicos?", "Porque tem que ser assim entre nós músicos?" , "Será que não existe músicos dispostos a viver realmente o que a Palavra de Deus ensina?" e a partir disso propus, em meu coração, ser um músico diferente.

CONFRONTANDO-NOS
Em algumas ocasiões escutamos as pessoas falarem o seguinte: "Temos que compreender, afinal ele é músico..." ou então "Bom, você já sabe como são os músicos..."; nos dando a entender que o músico está tendo uma atitude errada, equivocada, ou atitude não cristã. Normalmente esses comentários surgem quando o músico está exigindo alguma coisa ou exigindo algo de alguém, e esse alguém está frustrado pelas "demandas" do músico.  Em uma ocasião eu ouvi um músico dizer: "É que... eu sou assim!" Com esta frase ou outras similares, muitos dos músicos tentam fugir da responsabilidade de enfrentarem a si mesmos. Esse argumento vai contra a Palavra de Deus que diz: "e Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou." - "Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." ( II Cor. 5:15 e 17).
Quando estamos em Cristo passamos da morte para a vida, e isto também inclui os músicos, que muitas vezes pensam que são exceções a esta regra. Quando estamos em Cristo, começamos o processo de santificação, ou seja, o processo onde permitimos que Deus renove nossos pensamentos, nos transforme, nos separe e nos purifique de todas as coisas que Ele não se agrada. Paulo diz aos Romanos: "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." (Rm. 12:1-2).
Vejamos porque um músico se acha exceção às regras:  A igreja tem deixado de lado as atitudes erradas dos músicos, simplesmente porque "cantam ou tocam bonito". E se esses músicos continuarem na plataforma para cantar e tocar, eles nunca terão a possibilidade de confrontar suas atitudes. E se as pessoas disserem assim para o músico: "Ah! que bonito estava este cântico, você quando cantou me abençoou muito...", o músico sente que Deus o usou para abençoar aquela pessoa, e já que Deus o está usando desta maneira não sente a necessidade de mudar suas atitudes.  Veja bem, em quase todos os casos, quando você coloca o músico para sentar (o famoso "banco"), no momento que tira a plataforma que ele tanto desfruta é o momento em que surgem os problemas, porque o músico não quer perder o reconhecimento.
Em primeiro plano, ele não quer confrontar suas próprias atitudes incorretas, não vê a correção como algo necessário para sua própria vida e vive se justificando; mas quando é tirada do músico a oportunidade de fazer "brilhar" seus grandes talentos diante de todos, ele é confrontado com suas atitudes, e pode ter uma oportunidade de corrigir seus erros. No entanto, se ele continua desfrutando da plataforma e falso reconhecimento, não tem a oportunidade de confrontar seus próprios erros. Por isso é que nós líderes devemos estar ajudando e motivando os músicos a serem parecidos com Jesus. Em vez de enxergarmos como problemáticos, devemos dedicar mais tempo à eles, porque podem vir a ser uma grande força a favor do mover de Deus em qualquer lugar.

COMO CRISTO?
Uma das coisas tristes que tem acontecido em nossas igrejas é que muitos de nós músicos cristãos temos como referenciais para nossa vida músicos do meio secular, admiramos e queremos nos espelhar naqueles os quais consideramos como os "grandes músicos" dos dias atuais, pois estes possuem grandes talentos e o reconhecimento do público, fazem sucesso, ganham fortunas, são admirados por suas músicas e são reverenciados se tornando verdadeiros referenciais para muitos de nós, ou seja, tudo aquilo que eles falam e fazem têm um poder de influência muito grande sobre a nossa vida e nossas atitudes. Infelizmente temos nos espelhado em pessoas deste tipo, que possuem talentos sim, mas também um péssimo caráter. Normalmente são músicos corrompidos, envolvidos com drogas, vícios, prostituição de toda sorte, possuem conceitos equivocados sobre as coisas e valores da sociedade totalmente fora daquilo que temos conhecido pela Palavra de Deus.  Fico pensando, será que está faltando referenciais dentro do Corpo de Cristo para nós músicos cristãos? Que tipo de referencial estamos buscando? São os que fazem sucesso? São os que ganham muito dinheiro com sua música? São os que cantam e tocam bem mas não tem caráter? Com que classe de músicos temos nos identificado? Com quem queremos ser parecidos? Está claro o padrão bíblico que Deus tem para nós? Quais são as nossas verdadeiras motivações? Deus estabeleceu uma pessoa que é o modelo para todas as áreas da nossa vida, e esta pessoa chama-se Jesus! Devemos comparar a nossa vida com quem é o nosso maior exemplo: Jesus!  Ser músico como Jesus requer compromisso, renúncia, entrega e responsabilidade. Infelizmente, não encontramos músicos que queiram ser parecidos com Jesus, porque na verdade isto muitas vezes não trará "ibope", sucesso e reconhecimento, dinheiro e conforto, etc. O músico como Cristo não vive mais para si mesmo, voltado para suas próprias coisas, ele se preocupa menos com seus dotes musicais, com sua musicalidade e sua performance, e se preocupa mais em abençoar as pessoas. Na verdade, ele encara a música não como um fim em si mesma, mas como um meio pelo qual alcançará o seu objetivo: resgatar pessoas! Temos um chamado: "E disse Jesus: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens." (Mt 4:19). Somos pescadores de homens! Jesus não vivia para Ele mesmo, pelo contrário, se dava, se entregava, se desgastava a favor das pessoas. Sua paixão era ver as necessidades dos outros e ajudá-los. Estava tão desinteressado em si próprio que não tinha lugar onde passar a noite: "Respondeu-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça." (Mt 8:20). A Bíblia menciona a compaixão que Jesus tinha pelas pessoas: "Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque andavam desgarradas e errantes, como ovelhas que não têm pastor." (Mt 9:36). Jesus não buscava seus próprios interesses e não estava preocupado com o sucesso, e estas são características que todos nós músicos cristãos devemos ter! Cada vez que pensarmos em ter atitudes erradas em relação aos dons e talentos que o Senhor nos deu, devemos nos lembrar que Jesus viveu para servir as pessoas e para dar sua vida em resgate de muitos: "...assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e dar a sua vida em resgate de muitos." (Mt 20:28). Mediante este texto podemos dizer que ministério significa servir e dar. Quem não está disposto à servir e dar sua própria vida não pode ter nenhum ministério!
O Servir e o Dar são palavras que devem caracterizar nós músicos. Este deve ser o nosso estilo de vida! Reflita nisto:

SERVIR
Lc. 22:24-27 - "...antes o maior entre vós seja como o menor..."
At. 20: 7-24 - "...servindo ao Senhor com toda a humildade..."
Ef. 6:6-8 - "...não servindo somente à vista, como para agradar aos homens..."
Hb. 6:9-12 - "...pois servistes e ainda servis aos santos..."

DAR
Mt. 10:7-8 - "... de graça recebestes, de graça dai..."
Mt. 14:15-16 - "... dai-lhes vós de comer..."
At. 20:35 - "... coisa mais bem-aventurada é dar do que receber..."
II Co. 8: 1-5 - "... e ainda acima das suas posses, deram voluntariamente..."

Você quer ser um músico segundo Cristo?
Filipenses 2:5-11 - Para sermos músicos segundo Cristo precisamos imitá-lo:

1-                 Se esvaziou - do orgulho, da soberba, do "eu", do egoísmo, das impurezas.
2-                 Tomou forma de servo - se doava em favor das pessoas. Levitas - eram aqueles que estavam aptos para servir.
3-                  Humilhou-se - renunciou os seus direitos.
4-                  Foi obediente - obediência incondicional.

DESAFIO PARA OS MÚSICOS
Nós, músicos cristãos, não precisamos buscar modelos no meio secular, mas o desafio é sermos modelo para essas pessoas vivendo a vida de Cristo. Vamos nos aprimorar, estudar, ler, orar, se dedicar, e ter um compromisso com a excelência naquilo que iremos fazer.
Mas lembre-se músico: você não precisa de dinheiro, de fama, reconhecimento e sucesso, o que você mais precisa na sua vida é Jesus! As demais coisas o Senhor vai tratar de cuidar de você: "...buscai, pois, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." (Mt. 6:33). Não tenha um coração dividido, não faça "esquemas" com os talentos que o Senhor te deu para obter dinheiro e sucesso, não se venda por nenhum "preço", mas tenha um coração íntegro e reto na presença de Deus porque a Bíblia diz que "O homem fiel será cumulado de bênçãos..." (Pv. 28:20; 10:6; Mt. 25:23). As bênçãos do Senhor virão até você!
Que possamos ser músicos que toquem bem sim, mas que ao tocarmos e cantarmos flua uma unção profética que irá causar impacto na nossa geração!  Sejamos músicos parecidos com Cristo!


Fonte: Ronaldo Bezerra
Ronaldo Bezerra - Líder do Ministério de Música da Comunidade da Graça





MÓDULO 3 - LOUVOR HOJE
“Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifícios de louvor,que é o fruto de lábio que confessam o seu nome” Hb 13.15
Este início de milênio tem sido marcado pela espiritualidade, notadamente o mundo espiritual tem ganhado espaço muito grande na vida dos homens, que se tem voltado para o sobrenatural por caminhos errados e lamentavelmente encontram o que buscam! Nunca houve uma exposição tão grande, a mídia jamais foi utilizada com tamanha eficácia pelo diabo. Em cada programa, um representante da dimensão espiritual  prega as suas crenças e costumes, multidões são arrebanhadas.
Os servos do Senhor não têm agido com a mesma rapidez, é preciso que haja compromisso verdadeiro, vida santa e cheia do Espírito Santo, para que sejam instrumentos da Verdade entre o povo, assim, muitos serão resgatados das garras afiadas do maligno. É tempo de amar verdadeiramente o Senhor Deus acima de todas as coisas, um amor que transcenda o próprio entendimento; o amor que leve o homem a viver nesta terra com um objetivo apenas, servir a Deus acima de todas as coisas, que o seu bem-estar pessoal venha em segundo plano, que suas vontades estejam sujeitas ao Eterno. Quando a igreja do Senhor tomar consciência que não está no mundo para ser uma instituição religiosa ou social, mas, a casa de Deus e permitir que o Santo Espírito a dirija, retirando das mãos dos homens o governo, com certeza o mover do Divino tomará esta nação de uma forma extraordinária. Tudo será diferente.
Hoje, contemplo entristecido o rumo tomado pelo povo que se intitula “povo de Deus”. É o mundo que alargou suas fronteiras; invadido terreno antes santo, despertando nos corações o desejo de aplicar à vida a aparência do mundo, assumindo uma semelhança incrível.
Quero abordar especificamente a área do louvor. Sabe-se que os louvores puros, ungidos, sobem como aroma suave, agradável e move o coração do Pai Eterno.  
Em nossos dias há uma oferta muito grande na área musical; um número incrível de bandas, cantores, compositores, gravadoras, vendedores e fãs! É o mercado denominado de “gospel” que cresce rapidamente, enriquecendo a muitos e despertando em diversas vidas o desejo de tornar-se famoso, reconhecido no meio.
Os empresários têm investido com avidez nesta fatia de mercado; rentabilidade garantida e consumidores dispostos a adquirirem as quinquilharias disponibilizadas o fazem atrativos. Indiscutivelmente, o maior filão do mundo “gospel” é a Música! Os empresários conscientes deste momento importante têm investido grandes importâncias para fazer e divulgar o artista. Hoje as gravadoras evangélicas agem semelhantes às gravadoras seculares. Escolhem as músicas amparadas em tendências e com objetivos únicos, envolver as pessoas e vender o maior número possível de CD (Preços iguais aos dos artistas “do mundo”) Não quero desmerecê-los, porém, acho muito estranho o termo “artista” usado para designar tais cantores. A expressão Show define as apresentações destes em igrejas ou praças. Aparentemente, perdeu-se a simplicidade, a humildade. Os artistas gospel que estão no auge da fama, geralmente agem como superstar, cobram um cachê milionário e exigências dignas de uma estrela de grandeza maior; com direito a fã clube, autógrafos e outras vaidades humanas.
Os shows, verdadeiramente honram o termo; com fumaça, luzes, gritos e ingressos!
Se compararmos à luz da Bíblia, vamos descobrir que estes que se colocam como os Levitas da atualidade, não possuem nada em comum com aqueles levantados por Deus. Hinos de louvores, jamais devem ser instrumento de diversão ou passatempo! Cânticos de Louvores é para: Exaltar, Enaltecer e Glorificar ao Senhor.
Na outra ponta, está o mercado “gospel” ávidos por consumir: cds, shows e os muitos “penduricalhos” (camisas, pôsteres, revistas, fitas, etc) que compõe o kit louvor. É lamentável, mas, nota-se que uma parte muito grande destas pessoas não estão verdadeiramente prestando um louvor ao Senhor, dificilmente sabem e honram o que cantam. É visível a “tietagem” aos “artistas”. Os atos praticados pelos admiradores não deixam nada a desejar, são iguais aos fãs dos grandes ídolos mundiais. Particularmente, acho isto uma vergonha e uma desonra ao Todo poderoso; faz-me lembrar os momentos que Paulo e Barnabé viveram em Listra (At 14. 8  “E estava assentado em Listra certo homem leso dos pés, coxo desde o ventre de sua mãe, o qual nunca tinha andado.Este ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos, e vendo que tinha fé para ser curado,10  Disse em voz alta: Levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e andou.11  E as multidões, vendo o que Paulo fizera, levantaram a sua voz, dizendo em língua licaônica: Fizeram-se os deuses semelhantes aos homens, e desceram até nós.12  E chamavam Júpiter a Barnabé, e Mercúrio a Paulo; porque este era o que falava.13  E o sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade, trazendo para a entrada da porta touros e grinaldas, queria com a multidão sacrificar-lhes.14  Ouvindo, porém, isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes, e saltaram para o meio da multidão, clamando,15  E dizendo: Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, e a terra, o mar, e tudo quanto há neles;16  O qual nos tempos passados deixou andar todas as nações em seus próprios caminhos. 17  E contudo, não se deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações.18  E, dizendo isto, com dificuldade impediram que as multidões lhes sacrificassem”.) Meditem!
No entanto quando entoamos tais músicas ou a ouvimos com o coração aberto e sensível, certamente o Mestre se alegra e recebe nossa Adoração. A música reproduzida por si só não glorifica a nada; mas, quando procede de lábios puros e de um coração lavado, perfeitamente sobe diante do trono do Pai.
Veja algumas condições imposta por Deus para um perfeito louvor e os motivos pelos quais devemos louvá-Lo.

CONDIÇÕES:

- Com coração puro -  Sl 119.7 “Render-te-ei graças com integridade de coração, quando tiver aprendido os teus retos juízos.”
- Continuamente - Sl 35.28 “E a minha língua celebrará a tua justiça e o teu louvor todo o dia.”
- De todo coração - Sl 9.1 “Louvar-te-ei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas.” Mais: Sl 111.1 e 138.1 “

A Deus:
- Pela sua Santidade  - Ex 15.11 “Ó SENHOR, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas?” Mais:    Is 6.3
- Pela sua Majestade - Sl 96.1,6 “Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR, todas as terras... Glória e majestade estão diante dele, força e formosura, no seu santuário.” Mais:  Is 24.14
- Pelas suas Maravilhas  - Sl 150.2 “Louvai-o pelos seus poderosos feitos; louvai-o consoante a sua muita grandeza.” Mais: Sl 89.5 e Is 25.1
O homem precisa lembrar-se que Deus é um Ser vivo, real, sábio e conhecedor do coração humano. E aqueles que querem adorá-Lo, deve fazê-lo em Espírito e verdadeiramente (Jo 4.24) voluntariamente.
É preciso rever princípios e meditar muito para oferecer-se um perfeito e agradável louvor ao Rei dos Reis.
Ressalto:
Estas não são palavras de julgamento e não se aplicam à coletividade. Há no meio cristão, igrejas santas, puras e voltadas para a honra e glória do Senhor.
É uma conclusão de minhas observações.
Fonte: Site Vivos – O Site da Fé Cristã




MÓDULO 4 - A NATUREZA DA VERDADEIRA ADORAÇÃO
Autor: Geoffrey Thomas
* * *
·  A verdadeira adoração é prestada a Deus somente por aqueles que nasceram do Espírito de Deus. "Aquele que é nascido da carne, é carne", disse Jesus e portanto, toda assim chamada adoração feita por pecadores não regenerados é carnal. Somente um coração regenerado pode cantar a nova canção (Sl.40:3).

·  A verdadeira adoração só pode ser realizada através do Espírito Santo. "Os verdadeiros adoradores adoram o Pai em espírito" disse Jesus e, portanto, unicamente através da iluminação que o Espírito Santo concede a nossas mentes, e os sentimentos dela produzidos em nossos corações é que nossa adoração pode ser edificante para nós e agradável a Deus. Os dons de liderança concedidos pelo Espírito a pastores e mestres são uma parte essencial de adoração pública.

·  A verdadeira adoração é estruturada pelas Escrituras. "Os verdadeiros adoradores adoram... em verdade", disse Jesus. A Bíblia nos revela a Deus a Quem devemos adorar e como devemos fazê-lo: "com reverência e santo temor". As Escrituras porduzem a atmosfera e fornecem os temas, as orações, os louvores e a pregação. Dessa forma, possuímos um padrão para conhecer o que é certo e o que é errado em tudo o que é falado e cantado. Desfrutamos, também, uma maravilhosa liberdade de todas as tradições e artefatos que são introduzidos por homens não espirituais, na inútil tentativa de "tornar" a adoração mais "importante" e "significativa". A verdadeira adoração é essencialmente simples.

·  A verdadeira adoração é centralizada em Deus. Não é centralizada na "inspiração", tampouco nos sentimentos; nem mesmo é centralizada em Jesus (ou no Espírito Santo) - não somos adoradores só de Jesus (ou só do Espírito Santo). Ela se centraliza no Pai. Disse Jesus: "os verdadeiros adoradores adoram o Pai". Naturalmente, o Pai só pode ser adorado através do Filho e o objeto de nossa adoração é a Divindade como um todo: Pai, Filho e Espírito Santo. Certamente nós adoramos a Jesus, mas é errado adorarmos somente a Jesus e torná-lo o centro de nossa adoração, negligenciando ao Pai.

·  A verdadeira adoração surge a partir de um contínuo andar com Deus. Um homem que dificilmente pensa em Deus durante seis dias da semana, não está apto a adorá-lo corretamente no sétimo dia. Se tal pessoa fala o quanto está se "regozijando" na adoração, alguma coisa está errada com ele! Ele está se entretendo ou está recebendo aquela vaga sensação de desafio que o homem natural desfruta. Por outro lado, em meio à verdadeira adoração, tal pessoa deveria sentir o quanto está afastada de Deus e sentir uma tristeza santa por sua negligência com a glória do Senhor.

·  A verdadeira adoração requer preparação. Um homem não pode simplesmente achegar-se à presença de Deus sem qualquer preparação de coração e alma e esperar, então , por uma "adoração instantânea". Davi disse: "Ao meu coração me ocorre: buscai a minha presença; buscarei, pois, Senhor, a Tua presença"(Sl.27:8). A verdadeira adoração, no dia do Senhor, surge de uma mente preparada para Deus, encorajada por uma oração ardorosa pela bênção do Senhor sobre a noite do Sábado e a manhã do dia do Senhor.

·  A verdadeira adoração deveria ser acompanhada pela meditação. Eis por que exortamos as pessoas a cuidarem da maneira pela qual empregam o seu tempo após o término do culto. Todo o proveito advindo da exposição e aplicação da Palavra de Deus pode ser destruído. A graça é uma planta delicada, pode ser facilmente danificada. Se queremos aproveitar da adoração prestada, isso deve ser feito por meio de uma tentativa verdadeira de reter a principal lição da pregação.

·  A verdadeira adoração é sempre produto de uma perspectiva da grandeza de Deus e da nossa pequenez. O profeta Isaías vê a grandeza de Deus e clama: "Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! (Is.6:5). João, na ilha de Patmos, vê o Senhor e diz: "Quando O vi, caí a seus pés, como morto"(Ap.1:17). Qualquer coisa de novo que introduzimos na adoração, que não tenha como objetivo exaltar a Deus, é simplesmente uma concessão ao desejo por novidade que, caracteriza todos os homens naturais.

·  A verdadeira adoração sempre é aceita por Deus. Devemos ser muito cuidadosos para não abrigar pensamentos que inferiorizam a nossa adoração! Expressões depreciativas, tais como aquelas que descrevem a adoração como um "sanduiche de hinos", somente encorajam a atitude que revela que nossa adoração é formal, exterior e sem liberdade e que , se nós estivéssemos realmente adorando, então deveríamos ter barulho, liderança espontânea e excitação. Na realidade, na verdadeira adoração, as pessoas não ficam sempre sentadas na ponta dos bancos imaginando quem será o próximo a dizer ou fazer algo inesperado. Não, eles não devem concentrar-se muito nos meios de adoração; seus pensamentos devem estar centralizados em Deus. A verdadeira adoração é caracterizada pelo esquecimento de si mesmo e a ausência de qualquer concentração no homem. O publicano permaneceu em pé, distante, abaixou sua cabeça e orou: "'O Deus, sê misericordioso comigo, pecador". Em nossos cultos, dirigidos pelas Escrituras e dependentes de Cristo, estamos verdadeiramente adorando a Deus; não deixamos simplesmente que as coisas caminham, mas unicamente queremos adorar; nós adoramos o Deus vivo em espírito e em verdade, sabendo que o Pai está buscando ativamente tais pessoas que O adorem! Nós não cremos que todas essas novas ênfases na espontaneidade e na condução da adoração por homens, mulheres e jovens nos esteja levando a uma conscientização maior sobre Deus e à verdadeira adoração. Pelo contrário, existem abundantes evidências de que a adoração se encontra em declínio. Consideremos, por exemplo, a mudança em nosso modo de nos endereçarmos a Deus, o que tem ocorrido nos últimos vinte anos. Será que isso representa um progresso e um amadurecimento no culto e oração públicos? O que será que significa esssa nova linguagem utilizada para orarmos: "Nós só queremos Te adorar, Te louvar", "Somente a Ti, Jesus, queremos adorar"? As frases truncadas e curtas podem ser comparadas desfavoravelmente com os argumentos bem construídos e confiantes, acoplados com a reverência constante observados nas orações das gerações anteriores.
·  A verdadeira adoração tem o seu clímax no dia do Senhor. A liberdade que o povo de Deus desfruta sob a nova aliança não lhes dá o direito de se reunirem somente quando se sentirem conduzidos ou dirigidos a fazê-lo. Na igreja apostólica, a adoração tinha períodos pré-determinados para ocorrer. No primeiro dia da semana eles se reuniam para partir o pão, ouvir a Palavra de Deus e recolher as ofertas (At.20:7; I Co.16:2). Mesmo que eles não sentissem o mesmo ânimo para realizar essas coisas naquele dia e se sentissem mais inclinados às coisas religiosas no terceiro dia, por exemplo, era no primeiro dia que eles deviam reunir-se para adorar. O mesmo pode ser dito hoje. Nós não somos "Adventistas do quinto dia", daqueles que se reúnem na quinta feira, à noite e nos orgulhamos das bênçãos maravilhosas e da fantástica comunhão quando o Senhor "realmente" se reúne com dez de nós. Não, nós devemos reunir-nos no Espírito no dia designado, o dia do Senhor e com todo o povo de Deus.

Tradução:Dr. Eurico Correia
Nota sobre o Autor: Geoffrey Thomas é pastor da Alfred Place Baptist Church em Aberystwyth, País de Gales e também trabalha como Editor Assistente da Banner os Truth (Nº.153, Junho/76) e do Evangelical Times.
Transcrição do jornal "Os Puritanos" Ano II Nº. 5 de Setembro/Outubro - 1994.
'"Podemos muito bem dizer que adoramos a Deus, ainda que não sejamos perfeitos. Porém, não podemos dizer que O adoramos, se nos falta sinceridade". Stephen Charnock
"Nós não vamos à igreja para adorar, porque a adoração deveria ser a atividade e atitude constantes do cristão dedicado. Nós vamos à igreja para adorar pública e corporativamente". John Armstrong.
"Muitos vêm ouvir a Palavra somente para satisfazer seus ouvidos; eles apreciam a melodia da voz, a doçura suave da expressão, a novidade do conceito (At.17:21). Isso é amar mais o enfeite do prato do que o alimento em si; isso é o mesmo que desejar mais agradar a si mesmo do que ser edificado. É o mesmo que uma mulher que pinta o seu rosto e se esquece de sua saúde". Thomas Watson.
"Deus não pode ter concorrentes! Somente Ele deve ser louvado". John Armstrong.
Copiado de http://www.geocities.com/Athens/Delphi/7162






MÓDULO 5 - ADORAÇÃO VERDADEIRA!

“E Esdras abriu o livro perante os olhos de todo o povo; porque estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé. E Esdras louvou o SENHOR, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém! Amém!, levantando as mãos; e inclinaram-se e adoraram o SENHOR, com o rosto em terra.”  Ne 8.5,6
A adoração consiste nos atos e atitudes que reverenciam e honram à majestade do grande Deus do céu e da terra. Sendo assim, a adoração concentra-se em Deus, e não no ser humano. No culto cristão, nós nos acercamos de Deus em gratidão por aquilo que Ele tem feito por nós em Cristo e através do Espírito Santo. A adoração requer o exercício da fé e o reconhecimento de que Ele é nosso Deus e Senhor.

BREVE HISTÓRIA DA ADORAÇÃO AO VERDADEIRO DEUS.
O ser humano adora a Deus desde o ínicio da história. Adão e Eva tinham comunhão regular com Deus no jardim do Éden (cf. Gn 3.8). Caim e Abel trouxeram a Deus oferendas (hb. minhah, termo também traduzido por “tributo” ou dádiva”) de vegetais e de animais (Gn 4.3,4). Os descendentes de Sete invocavam “o nome do SENHOR” (Gn 4.26). Noé construiu um altar ao Senhor para oferecer holocaustos depois do dilúvio (Gn 8.20). Abraão assinalou a paisagem da terra prometida com altares para oferecer holocaustos ao Senhor (Gn 12.7,8; 13.4, 18; 22.9) e falou intimamente com Ele (Gn 18.23-33; 22.11-18).
Somente depois do êxodo, quando o Tabernáculo foi construído, é que a adoração pública tornou-se formal. A partir de então, sacrifícios regulares passaram a ser oferecidos diariamente, e especialmente no sábado, e Deus estabeleceu várias festas sagradas anuais como ocasiões de culto público dos israelitas (Êx 23.14-17; Lv 1—7; Dt 12; 16). O culto a Deus foi posteriormente centralizado no templo de Jerusalém (cf. os planos de Davi, segundo relata 1Cr 22—26). Quando o templo foi destruído, em 586 a.C., os judeus construíram sinagogas como locais de ensino da lei e adoração a Deus enquanto no exílio, e aonde quer que viessem a morar. As sinagogas continuaram em uso para o culto, mesmo depois de construído o segundo templo por Zorobabel (Ed 3—6). Nos tempos do NT havia sinagogas na Palestina e em todas as partes do mundo romano (e.g. Lc 4.16; Jo 6.59; At 6.9; 13.14; 14.1; 17.1, 10; 18.4; 19.8; 22.19).
A adoração na igreja primitiva era prestada tanto no templo de Jerusalém quanto em casas particulares (At 2.46,47). Fora de Jerusalém, os cristãos prestavam culto a Deus nas sinagogas, enquanto isso lhes foi permitido. Quando lhes foi proibido utilizá-las, passaram a cultuar a Deus noutros lugares, geralmente em casas particulares (cf. At 18.7; Rm 16.5; Cl 4.15; Fm v. 2), mas, às vezes, em salões públicos (At 19.9,10).


MANIFESTAÇÕES DA ADORAÇÃO CRISTÃ.

1) Dois princípio-chaves norteiam a adoração cristã.
(a)                        A verdadeira adoração é a que é prestada em espírito e verdade (ver Jo 4.23), i.e., a adoração deve ser oferecida à altura da revelação que Deus fez de si mesmo no Filho (ver Jo 14.6). Por sua vez, ela envolve o espírito humano, e não apenas a mente, e também como as manifestações do Espírito Santo (1Co 12.7-12).
(b)                        A prática da adoração cristã deve corresponder ao padrão do NT para a igreja (ver At 7.44). Os crentes atuais devem desejar, buscar e esperar, como norma para a igreja, todos os elementos constantes da prática da adoração vista no NT.
2) O fato marcante da adoração no AT era o sistema sacrificial (ver Nm 28, 29). Uma vez que o sacrifício de Cristo na cruz cumpriu esse sistema, já não há mais qualquer necessidade de derramamento de sangue como parte do culto cristão (ver Hb 9.1—10.18).
Através da ordenança da Ceia do Senhor, a igreja do NT comemorava continuamente o sacrifício de Cristo, efetuado de uma vez por todas (1Co 11.23-26). Além disso, a exortação que tem a igreja é oferecer “sempre, por ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15), e a oferecer nossos corpos como “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12.1).

3) Louvar a Deus é essencial à adoração cristã. O louvor era um elemento-chave na adoração de Israel a Deus (e.g., Sl 100.4; 106.1; 111.1; 113.1; 117), bem como na adoração cristã primitiva (At 2.46,47; 16.25; Rm 15.10,11; Hb 2.12).

4) Uma maneira autêntica de louvar a Deus é cantar salmos, hinos e cânticos espirituais. O AT está repleto de exortações sobre como cantar ao Senhor (e.g., 1Cr 16.23; Sl 95.1; 96.1,2; 98.1,5,6; 100.1,2). Na ocasião do nascimento de Jesus, a totalidade das hostes celestiais irrompeu num cântico de louvor (Lc 2.13,14), e a igreja do NT era um povo que cantava (1Co 14.15; Ef 5.19; Cl 3.16; Tg 5.13). Os cânticos dos cristãos eram cantados, ou com a mente (i.e. num idioma humano conhecido) ou com o espírito (i.e., em línguas; ver 1Co 14.15). Em nenhuma circunstância os cânticos eram executados como passatempo.

5) Outro elemento importante na adoração é buscar a face de Deus em oração. Os santos do AT comunicavam-se constantemente com Deus através da oração (e.g. Gn 20.17; Nm 11.2; 1Sm 8.6; 2 Sm 7.27; Dn 9.3-19; cf. Tg 5.17,18). Os apóstolos oravam constantemente depois de Jesus subir ao céu (At 1.14), e a oração tornou-se parte regular da adoração cristã coletiva (At 2.42; 20.36; 1Ts 5.17). Essas orações eram, às vezes, por eles mesmos (At 4.24-30); outras vezes eram orações intercessórias por outras pessoas (e.g. At 12.5; Rm 15.30-32; Ef 6.18). Em todo tempo a oração do crente deve ser acompanhada de ações de graças a Deus (Ef 5.20; Fp 4.6; Cl 3.15,17; 1Ts 5.17,18). Como o cântico, o orar podia ser feito em idioma humano conhecido, ou em línguas (1Co 14.13-15).

6) A confissão de pecados era sabidamente parte importante da adoração no AT. Deus estabelecera o Dia da Expiação para os israelitas como uma ocasião para a confissão nacional de pecados (Lv 16). Salomão, na sua oração de dedicação do templo, reconheceu a importância da confissão (1Rs 8.30-36). Quando Esdras e Neemias verificaram até que ponto o povo de Deus se afastara da sua lei, dirigiram toda a nação de Judá numa contrita oração pública de confissão (cap. 9). Assim, também, na oração do Pai nosso, Jesus ensina os crentes a pedirem perdão dos pecados (Mt 6.12). Tiago ensina os crentes a confessar seus pecados uns aos outros (Tg 5.16); através da confissão sincera, recebemos a certeza do gracioso perdão divino (1Jo 1.9).

7) A adoração deve também incluir a leitura em conjunto das Escrituras e a sua fiel exposição. Nos tempos do AT, Deus ordenou que, cada sétimo ano, na festa dos Tabernáculos, todos os israelitas se reunissem para a leitura pública da lei de Moisés (Dt 31.9-13). O exemplo mais patente desse elemento do culto no AT, surgiu no tempo de Esdras e Neemias (8.1-12).
A leitura das Escrituras passou a ser uma parte regular do culto da sinagoga no sábado (ver Lc 4.16-19; At 13.15). Semelhantemente, quando os crentes do NT reuniam-se para o culto, também ouviam a leitura da Palavra de Deus (1Tm 4.13; cf. Cl 4.16; 1Ts 5.27) juntamente com ensinamento, pregação e exortação baseados nela (1Tm 4.13; 2Tm 4.2; cf. At 19.8-10; 20.7).

8) Sempre quando o povo de Deus se reunia na Casa do Senhor, todos deviam trazer seus dízimos e ofertas (Sl 96.8; Ml 3.10).
Semelhantemente, Paulo escreveu aos cristãos de Corinto, no tocante à coleta em favor da igreja de Jerusalém: “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade” (1Co 16.2). A verdadeira adoração a Deus deve, portanto ensejar uma oportunidade para apresentarmos ao Senhor os nossos dízimos e ofertas.

9) Algo singular no culto da igreja do NT era a atuação do Espírito Santo e das suas manifestações. Entre essas manifestações do Espírito na congregação do Senhor havia a palavra da sabedoria, a palavra do conhecimento, manifestações especiais de fé, dons de curas, poderes miraculosos, profecia, discernimento de espíritos, falar em línguas e a interpretação de línguas (1Co 12.7-10). O caráter carismático do culto cristão primitivo vem, também, descrito nas cartas de Paulo: “Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação” (1Co 14.26). Na primeira epístola aos coríntios, Paulo expõe princípios normativos da adoração deles (ver 1Co 14.1-33). O princípio dominante para o exercício de qualquer dom do Espírito Santo durante o culto é o fortalecimento e a edificação da congregação inteira (1Co 12.7; 14.26).

10) O outro elemento excepcional na adoração segundo o NT era a prática das ordenanças — o batismo e a Ceia do Senhor. A Ceia do Senhor (ou o “partir do pão”, ver At 2.42) parece que era observada diariamente entre os crentes logo depois do Pentecostes (At 2.46,47), e, posteriormente, pelo menos uma vez por semana (At 20.7,11). O batismo conforme a ordem de Cristo (Mt 28.19,20)
Ocorria sempre que havia conversões e novas pessoas ingressavam na igreja (At 2.41; 8.12; 9.18; 10.48; 16.30-33; 19.1-5).


AS BÊNÇÃOS DE DEUS PARA OS VERDADEIROS ADORADORES.
Quando os crentes verdadeiramente adoram a Deus, muitas bênçãos lhes estão reservadas por Ele. Por exemplo, Ele promete:


(1) que estará com eles (Mt 18.20), e que entrará e ceará com eles (Ap 3.20);
(2) que envolverá o seu povo com a sua glória (cf. Êx 40.35; 2Cr 7.1; 1Pe 4.14); 
(3) que abençoará o seu povo com chuvas de bênçãos (Ez 34.26), especialmente com a paz (Sl 29.11; ver o estudo A PAZ DE DEUS); 
(4) que concederá fartura de alegria (Sl 122.1,2; Lc 15.7,10; Jo 15.11); 
(5) que responderá às orações dos que oram com fé sincera (Mc 11.24; Tg 5.15); 
(6) que encherá de novo o seu povo com o Espírito Santo e com ousadia (At 4.31); 
(7) que enviará manifestações do Espírito Santo entre o seu povo (1Co 12.7-13); 
(8) que guiará o seu povo em toda a verdade através do Espírito Santo (Jo 15.26; 16.13); 
(9) que santificará o seu povo pela sua Palavra e pelo seu Espírito (Jo 17.17-19); 
(10) que consolará, animará e fortalecerá seu povo (Is 40.1; 1Co 14.26;2Co 1.3,4; 1Ts 5.11); 
(11) que convencerá o povo do pecado, da justiça e do juízo por 
meio do Espírito Santo (ver Jo 16.8 nota); e 
(12) que salvará os pecadores presentes no culto de adoração, sob a convicção do Espírito Santo (1Co 14.22-25).

EMPECILHOS À VERDADEIRA ADORAÇÃO
O simples fato de pessoas se dizendo crentes realizarem um culto, não é nenhuma garantia de que haja aí verdadeira adoração, nem que Deus aceite seu louvor e ouça suas orações.
(1) Se a adoração a Deus é mera formalidade, somente externa, e se o coração do povo de Deus está longe dEle, tal adoração não será aceita por Ele. Cristo repreendeu severamente os fariseus por sua hipocrisia; eles observavam a lei de Deus por legalismo, enquanto seus corações estavam longe dEle (Mt 15.7-9; 23.23-28; Mc 7.5-7). Note a censura semelhante que Ele dirigiu à igreja de Éfeso, que adorava o Senhor mas já não o amava plenamente (Ap 2.1-5).
(2) Outro impedimento à verdadeira adoração é um modo de vida comprometido com o mundanismo, pecado e imoralidade. Deus recusou os sacrifícios do rei Saul porque este desobedeceu ao seu mandamento (1Sm 15.1-23). Isaías repreendeu severamente o povo de Deus como “nação pecadora... povo carregado da iniqüidade da semente de malignos” (Is 1.4); ao mesmo tempo, porém esse mesmo povo oferecia sacrifícios a Deus e comemorava seus dias santos. Por isso, o Senhor declarou através de Isaías: “As vossas festas da lua nova, e as vossas solenidades, as aborrece a minha alma; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue” (Is 1.14,15). Semelhantemente, na igreja do NT, Jesus conclamou os adoradores em Sardes a se despertarem, porque “não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus” (Ap 3.2). Da mesma maneira, Tiago indica que Deus não atenderá as orações egoístas daqueles que não se separam do mundo (Tg 4.1-5). O povo de Deus só pode ter certeza que Deus estará presente à sua adoração e a aceitará, quando esse povo tiver mãos limpas e coração puro (Sl 24.3,4; Tg 4.8).


Fonte: Bíblia de Estudo Pentecostal



Módulo 6 - VIDA DE LOUVOR
O ser humano foi criado para viver e respirar numa atmosfera de adoração e louvor ao seu Criador. O influxo permanente do poder divino deveria ser mantido pela expressão permanente dum alegre e humilde louvor ao seu Criador. O Vínculo da benção através da obediência foi quebrado pelo pecado e silenciou a comunhão cheia de louvor existente entre o ser humano e Deus, introduzindo o egocentrismo, a auto compaixão e a insatisfação (Gn 3.9-12). Porém agora há salvação e vida em Cristo e, depois de receber a Jesus como Salvador, a vida diária nos convida à oração e a Palavra nos direciona à comunhão e à sabedoria no viver. Porém o nosso apresentar-se diário diante de Deus deve ser com louvor: “Entrai pelas portas dele, com louvor e em seus átrios, com hinos.” Sl 100.4
O louvor deve tomar conta de todo o nosso ser.


1. “Judá” significa “Louvor”
"De novo concebeu e deu à luz um filho; então, disse: Esta vez louvarei o SENHOR. E por isso lhe chamou Judá; e cessou de dar à luz." Gn 29.35
Jacó transmite a Judá a maior benção e este terá autoridade real e legal,além de trazer o Messias ao mundo.

2. O louvor cura os “tempos secos”.
"Dali partiram para Beer; este é o poço do qual disse o SENHOR a Moisés: Ajunta o povo, e lhe darei água. Então, cantou Israel este cântico: Brota, ó poço! Entoai-lhe cânticos!" Nm 21.16,17
Em tempos de pressão, ansiedade ou depressão, junte-se ao povo de Deus em louvor.

3. Poder da unidade do louvor.
"E quando em uníssono, a um tempo, tocaram as trombetas e cantaram para se fazerem ouvir, para louvarem o SENHOR e render-lhe graças; e quando levantaram eles a voz com trombetas, címbalos e outros instrumentos músicos para louvarem o SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre, então, sucedeu que a casa, a saber, a Casa do SENHOR, se encheu de uma nuvem." 2Cr 5.13
Há poder no louvor, na gratidão e na música.

4. O Louvor gera vitória.
"Dai ouvidos, todo o Judá e vós, moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Josafá, ao que vos diz o SENHOR. Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus. Amanhã, descereis contra eles; eis que sobem pela ladeira de Ziz; encontrá-los-eis no fim do vale, defronte do deserto de Jeruel. Neste encontro, não tereis de pelejar; tomai posição, ficai parados e vede o salvamento que o SENHOR vos dará, ó Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis; amanhã, saí-lhes ao encontro, porque o SENHOR é convosco. Então, Josafá se prostrou com o rosto em terra; e todo o Judá e os moradores de Jerusalém também se prostraram perante o SENHOR e o adoraram. Dispuseram-se os levitas, dos filhos dos coatitas e dos coreítas, para louvarem o SENHOR, Deus de Israel, em voz alta, sobremaneira. Pela manhã cedo, se levantaram e saíram ao deserto de Tecoa; ao saírem eles, pôs-se Josafá em pé e disse: Ouvi-me, ó Judá e vós, moradores de Jerusalém! Crede no SENHOR, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas e prosperareis. Aconselhou-se com o povo e ordenou cantores para o SENHOR, que, vestidos de ornamentos sagrados e marchando à frente do exército, louvassem a Deus, dizendo: Rendei graças ao SENHOR, porque a sua misericórdia dura para sempre. Tendo eles começado a cantar e a dar louvores, pôs o SENHOR emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os do monte Seir que vieram contra Judá, e foram desbaratados" 2Cr 20.15-22
Quando estavam diante dos inimigos, os levitas respondiam à Palavra com um louvor exuberante; a vitória vinha em seguida.

5. O louvor interrompe o avanço da iniqüidade.              
"Eis que o ímpio está com dores de iniqüidade; concebeu a malícia e dá à luz a mentira. Abre, e aprofunda uma cova, e cai nesse mesmo poço que faz. A sua malícia lhe recai sobre a cabeça, e sobre a própria mioleira desce a sua violência. Eu, porém, renderei graças ao SENHOR, segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do SENHOR Altíssimo." Sl 7.14-17.
O louvor voluntário, sincero, poderoso e audível terá a presença de Jesus, afastando o desejo de identificar-se com atos, pensamentos ou ações pecaminosas.

6. O Louvor leva-nos a olhar para Deus.
"Invoco o SENHOR, digno de ser louvado, e serei salvo dos meus inimigos." Sl 18.3
O louvor dirigido a ele, que é digno, reflete Deus.

7. Louvor, o caminho para a presença de Deus.
     
"Contudo, tu és santo, entronizado entre os louvores de Israel. Nossos pais confiaram em ti; confiaram, e os livraste." Sl 22.3,4
O louvor quanto parte de um coração puro, traz a presença de Deus.

8. Cante louvores com entendimento.
"Deus é o Rei de toda a terra; salmodiai com harmonioso cântico." Sl 47.7
Quando cantamos louvores com entendimento (inteligência, sabedoria), estamos testemunhando o amor de Deus por nós e o nosso amor a Deus.


9. O Louvor libera bênçãos e satisfação.
"Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água. Assim, eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória. Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam. Assim, cumpre-me bendizer-te enquanto eu viver; em teu nome, levanto as mãos. Como de banha e de gordura farta-se a minha alma; e, com júbilo nos lábios, a minha boca te louva," Sl 63.1-5
O tipo de expressão de louvor que libera bênçãos está cheio de paixão e anseio por Deus.
10. Louvor Criativo.
"Quanto a mim, esperarei sempre e te louvarei mais e mais." Sl 71.14
Deus deseja que sejamos criativos em nosso louvor e que evitemos o louvor descuidado.

11. Ensine seus filhos a louvar.
"Uma geração louvará a outra geração as tuas obras e anunciará os teus poderosos feitos" Sl 145.4
Devemos louvar continuamente a Deus e educar os filhos neste objetivo.

12. Um forte apelo para louvar.
"Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu poder. Louvai-o pelos seus poderosos feitos; louvai-o consoante a sua muita grandeza. Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com harpa. Louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas. Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes. Todo ser que respira louve ao SENHOR. Aleluia!" Sl 150.1-6
Somos convidados a louvar a Deus pela sua majestade e atos poderosos em toda a sua criação.

13. O louvor abre as portas das prisões.
"Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. De repente, sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos." At 16.25,26
O louvor dirigido a Deus abriu as portas da prisão e libertou um homem.

14. Animando uns aos outros no louvor.
"E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo," Ef 5.18-20
O culto é engrandecido quando nos reunimos aos outros, encorajando-nos mutuamente.

15. O sacrifício do louvor.
"Possuímos um altar do qual não têm direito de comer os que ministram no tabernáculo. Pois aqueles animais cujo sangue é trazido para dentro do Santo dos Santos, pelo sumo sacerdote, como oblação pelo pecado, têm o corpo queimado fora do acampamento. Por isso, foi que também Jesus, para santificar o povo, pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta. Saiamos, pois, a ele, fora do arraial, levando o seu vitupério. Na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir. Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome." Hb 13.10-15
O louvor confronta e exige que matemos os nossos orgulho e preguiça.

16. Caminha com Deus em adoração.
"Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz." 1Pe 2.9
Como povo escolhido e eleitos de Deus, nós proclamamos o seu louvor e propagamos a sua benção por toda a terra.

LOUVOR AO SENHOR

“Eu te louvarei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo.” Sl 9.1,2

A IMPORTÂNCIA DO LOUVOR.
A Bíblia constantemente exorta o povo de Deus a louvar ao Senhor.

(1) O AT emprega três palavras básicas para conclamar os israelitas a louvarem a Deus: a palavra barak (também traduzida “bendizer”); a palavra balal (da qual deriva a palavra “aleluia”, que literalmente significa “louvai ao Senhor”); e a palavra yadah (às vezes traduzida por “dar graças”).

(2) O primeiro cântico na Bíblia, entoado depois de os israelitas atravessarem o mar Vermelho, foi, em síntese, um hino de louvor e ação de graças a Deus (Êx 15.2). Moisés instruiu os israelitas a louvarem a Deus pela sua bondade em conceder-lhes a terra prometida (Dt 8.10). O cântico de Débora, por sua vez, congregou o povo expressamente para louvar ao Senhor (Jz 5.9). A disposição de Davi em louvar a Deus está gravada, tanto na história da sua vida (2Sm 22.4,47,50; 1Cr 16.4 ,9, 25, 35, 36; 29.20), como nos salmos que escreveu (9.1,2; 18.3; 22.23; 52.9; 108.1, 3; 145). Os demais salmistas também convocam o povo de Deus a, enquanto viver, sempre louvá-lo (33.1,2; 47.6,7; 75.9; 96.1-4; 100; 150). Finalmente, os profetas do AT ordenam que o povo de Deus o louve (Is 42.10,12; Jr 20.13; Sl 12.1; 25.1; Jr 33.9; Jl 2.26; Hc 3.3).

(3) O chamado para louvar a Deus também ecoa por todo o NT. O próprio Jesus louvou a seu Pai celestial (Mt 11.25; Lc 10.21). Paulo espera que todas as nações louvem a Deus (Rm 15.9-11; Ef 1.3,6,12) e Tiago nos conclama a louvar ao Senhor (Tg 3.9; 5.13).
E, no fim, o quadro vislumbrado no Apocalipse é o de uma vasta multidão de santos e anjos, louvando a Deus continuamente (Ap 4.9-11; 5.8-14; 7.9-12; 11.16-18).
(4) Louvar a Deus é uma das atribuições principais dos anjos (103.20; 148.2) e é privilégio do povo de Deus, tanto crianças (Mt 21.16; ver Sl 8.2), como adultos (30.4; 135.1,2, 19-21). Além disso, Deus também conclama todas as nações a louvá-lo (67.3-5; 117.1; 148.11-13; Is 42.10-12; Rm 15.11). Isto quer dizer que tudo quanto tem fôlego está convocado a entoar bem alto os louvores de Deus (150.6). E, se tanto não bastasse, Deus também conclama a natureza inanimada a louvá-lo — como, por exemplo, o sol, a lua e as estrelas (148.3,4; cf. Sl 19.1,2); os raios, o granizo, a neve e o vento (148.8); as montanhas, colinas, rios e mares (98.7,8; 148.9; Is 44.23); todos os tipos de árvores (148.9; Is 55.12) e todos os tipos de seres vivos (69.34; 148.10).

MÉTODOS DE LOUVOR.

Há várias maneiras de se louvar a Deus.

(1) O louvor é algo fundamental na adoração coletiva prestada pelo povo de Deus (100.4).

(2) Tanto na adoração coletiva como noutros casos, uma maneira de louvar a Deus é cantar salmos, hinos e cânticos espirituais (96.1-4; 147.1; Ef 5.19,20; Cl 3.16,17). O cântico de louvor pode ser com a mente (i.e., em idiomas humanos conhecidos) ou com o espírito (i.e., em línguas; 1Co 14.14-16, ver 14.15).

(3) O louvor mediante instrumentos musicais. Neste particular o AT menciona instrumentos variados, de sopro, como chifre de carneiro e trombetas (1Cr 15.28; Sl 150.3), flauta (1Sm 10.5; Sl 150.4); instrumentos de cordas, como harpa e lira (1Cr 13.8; Sl 149.3; 150.3), e instrumentos de percussão, como tamborins e címbalos (Êx 15.20; Sl 150.4,5).

(4) Podemos, também, louvar a Deus, ao falar ao nosso próximo das maravilhas de Deus para conosco, pessoalmente. Davi, por exemplo, depois da experiência do perdão divino, estava ansioso para relatar aos outros, o que o Senhor fizera por ele (51.12,13, 15).
Outros escritores bíblicos nos exortam a declarar a glória e louvor de Deus, na congregação do seu povo (22.22-25; 111.1; Hb 2.12) e entre as nações (18.49; 96.3,4; Is 42.10-12). Pedro conclama o povo de Deus “para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9). Noutras palavras, a obra missionária é um meio de louvar a Deus.

(5) Finalmente, o crente que vive a sua vida para a glória de Deus está a louvar ao Senhor. Jesus nos relembra que quando o crente faz brilhar a sua luz, o povo vê as suas boas obras e glorifica e louva a Deus (Mt 5.16; Jo 15.8). De modo semelhante, Paulo também mostra que uma vida cheia de frutos da justiça louva a Deus (Fp 1.11).

MOTIVOS PARA LOUVAR A DEUS.

Por que o povo louva ao Senhor?

(1) Uma das evidentes razões vem do esplendor, glória e majestade do nosso Deus, aquele que criou os céus e a terra (96.4-6; 145.3; 148.13), aquele a quem devemos exaltar na sua santidade (99.3; Is 6.3).

(2) A nossa experiência dos atos poderosos de Deus, especialmente dos seus atos de salvação e de redenção, é uma razão extraordinária para louvarmos ao seu nome (96.1-3; 106.1,2; 148.14; 150.2; Lc 1.68-75; 2.14, 20); deste modo, louvamos a Deus pela sua misericórdia, graça e amor imutáveis (57.9, 10; 89.1,2; 117; 145.8-10; Ef 1.6).

(3) Também devemos louvar a Deus por todos os seus atos de livramento em nossa vida, tais como livramento de inimigos ou cura de enfermidades (9.1-5; 40.1-3; 59.16; 124; Jr 20.13; Lc 13.13; At 3.7-9).

(4) Finalmente, o cuidado providente de Deus para conosco, dia após dia, tanto material como espiritualmente, é uma grandiosa razão para louvarmos e bendizermos o seu nome(68.19; 103; 147; Is 63.7).

Fonte: Bíblia de Eetudo Pentecostal




MÓDULO 7 - LOUVOR AO SENHOR

“Eu te louvarei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo.” Sl 9.1,2

A IMPORTÂNCIA DO LOUVOR.
A Bíblia constantemente exorta o povo de Deus a louvar ao Senhor.

(1) O AT emprega três palavras básicas para conclamar os israelitas a louvarem a Deus: a palavra barak (também traduzida “bendizer”); a palavra balal (da qual deriva a palavra “aleluia”, que literalmente significa “louvai ao Senhor”); e a palavra yadah (às vezes traduzida por “dar graças”).

(2) O primeiro cântico na Bíblia, entoado depois de os israelitas atravessarem o mar Vermelho, foi, em síntese, um hino de louvor e ação de graças a Deus (Êx 15.2). Moisés instruiu os israelitas a louvarem a Deus pela sua bondade em conceder-lhes a terra prometida (Dt 8.10). O cântico de Débora, por sua vez, congregou o povo expressamente para louvar ao Senhor (Jz 5.9). A disposição de Davi em louvar a Deus está gravada, tanto na história da sua vida (2Sm 22.4,47,50; 1Cr 16.4 ,9, 25, 35, 36; 29.20), como nos salmos que escreveu (9.1,2; 18.3; 22.23; 52.9; 108.1, 3; 145). Os demais salmistas também convocam o povo de Deus a, enquanto viver, sempre louvá-lo (33.1,2; 47.6,7; 75.9; 96.1-4; 100; 150). Finalmente, os profetas do AT ordenam que o povo de Deus o louve (Is 42.10,12; Jr 20.13; Sl 12.1; 25.1; Jr 33.9; Jl 2.26; Hc 3.3).

(3) O chamado para louvar a Deus também ecoa por todo o NT. O próprio Jesus louvou a seu Pai celestial (Mt 11.25; Lc 10.21). Paulo espera que todas as nações louvem a Deus (Rm 15.9-11; Ef 1.3,6,12) e Tiago nos conclama a louvar ao Senhor (Tg 3.9; 5.13).
E, no fim, o quadro vislumbrado no Apocalipse é o de uma vasta multidão de santos e anjos, louvando a Deus continuamente (Ap 4.9-11; 5.8-14; 7.9-12; 11.16-18).

(4) Louvar a Deus é uma das atribuições principais dos anjos (103.20; 148.2) e é privilégio do povo de Deus, tanto crianças (Mt 21.16; ver Sl 8.2), como adultos (30.4; 135.1,2, 19-21). Além disso, Deus também conclama todas as nações a louvá-lo (67.3-5; 117.1; 148.11-13; Is 42.10-12; Rm 15.11). Isto quer dizer que tudo quanto tem fôlego está convocado a entoar bem alto os louvores de Deus (150.6). E, se tanto não bastasse, Deus também conclama a natureza inanimada a louvá-lo — como, por exemplo, o sol, a lua e as estrelas (148.3,4; cf. Sl 19.1,2); os raios, o granizo, a neve e o vento (148.8); as montanhas, colinas, rios e mares (98.7,8; 148.9; Is 44.23); todos os tipos de árvores (148.9; Is 55.12) e todos os tipos de seres vivos (69.34; 148.10).

MÉTODOS DE LOUVOR.
Há várias maneiras de se louvar a Deus.

(1) O louvor é algo fundamental na adoração coletiva prestada pelo povo de Deus (100.4).

(2) Tanto na adoração coletiva como noutros casos, uma maneira de louvar a Deus é cantar salmos, hinos e cânticos espirituais (96.1-4; 147.1; Ef 5.19,20; Cl 3.16,17). O cântico de louvor pode ser com a mente (i.e., em idiomas humanos conhecidos) ou com o espírito (i.e., em línguas; 1Co 14.14-16, ver 14.15).

(3) O louvor mediante instrumentos musicais. Neste particular o AT menciona instrumentos variados, de sopro, como chifre de carneiro e trombetas (1Cr 15.28; Sl 150.3), flauta (1Sm 10.5; Sl 150.4); instrumentos de cordas, como harpa e lira (1Cr 13.8; Sl 149.3; 150.3), e instrumentos de percussão, como tamborins e címbalos (Êx 15.20; Sl 150.4,5).

(4) Podemos, também, louvar a Deus, ao falar ao nosso próximo das maravilhas de Deus para conosco, pessoalmente. Davi, por exemplo, depois da experiência do perdão divino, estava ansioso para relatar aos outros, o que o Senhor fizera por ele (51.12,13, 15).
Outros escritores bíblicos nos exortam a declarar a glória e louvor de Deus, na congregação do seu povo (22.22-25; 111.1; Hb 2.12) e entre as nações (18.49; 96.3,4; Is 42.10-12). Pedro conclama o povo de Deus “para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9). Noutras palavras, a obra missionária é um meio de louvar a Deus.

(5) Finalmente, o crente que vive a sua vida para a glória de Deus está a louvar ao Senhor. Jesus nos relembra que quando o crente faz brilhar a sua luz, o povo vê as suas boas obras e glorifica e louva a Deus (Mt 5.16; Jo 15.8). De modo semelhante, Paulo também mostra que uma vida cheia de frutos da justiça louva a Deus (Fp 1.11).

MOTIVOS PARA LOUVAR A DEUS.
Por que o povo louva ao Senhor?

(1) Uma das evidentes razões vem do esplendor, glória e majestade do nosso Deus, aquele que criou os céus e a terra (96.4-6; 145.3; 148.13), aquele a quem devemos exaltar na sua santidade (99.3; Is 6.3).

(2) A nossa experiência dos atos poderosos de Deus, especialmente dos seus atos de salvação e de redenção, é uma razão extraordinária para louvarmos ao seu nome (96.1-3; 106.1,2; 148.14; 150.2; Lc 1.68-75; 2.14, 20); deste modo, louvamos a Deus pela sua misericórdia, graça e amor imutáveis (57.9, 10; 89.1,2; 117; 145.8-10; Ef 1.6).

(3) Também devemos louvar a Deus por todos os seus atos de livramento em nossa vida, tais como livramento de inimigos ou cura de enfermidades (9.1-5; 40.1-3; 59.16; 124; Jr 20.13; Lc 13.13; At 3.7-9).

(4) Finalmente, o cuidado providente de Deus para conosco, dia após dia, tanto material como espiritualmente, é uma grandiosa razão para louvarmos e bendizermos o seu nome(68.19; 103; 147; Is 63.7).
Módulo 8 - IDOLATRIA, IMAGENS E ADORAÇÃO A PROFETAS
Na Bíblia, o Velho Testamento contém a vontade revelada de Deus, tanto quanto o Novo Testamento. Não podemos desprezar Sua Palavra. Isto, evidentemente, não quer dizer que iremos oferecer sacrifícios de animais, praticar a circuncisão, evitar comer carne de porco, etc. porque tais coisas eram práticas rituais da Velha Aliança (confira em Hebreus 7.18-19). Mas a Aliança Moral, a vontade de Deus para o homem, não mudou. Por isso, é Sua vontade praticarmos a verdade e conservarmos seus mandamentos.
A Nova Aliança, a de Jesus, é espiritual. Os verdadeiros adoradores adorarão a Deus em espírito e em verdade (João 4.24). Isto dispensa a existência de qualquer imagem, escultura ou "veneração". Adoramos a Deus, o Único, o Senhor, o Salvador. Não é somente o judeu que tinha ordem expressa de não se ajoelhar diante de ídolos ou imagens. Também o cristão, porque Êxodo 20.4 não foi revogado pela nova aliança. Confira em Mateus 5.17.
Se você , ou seus familiares tem imagens, estátuas e figuras de santos (do tipo “Maria de Nazaré”, etc.), leia os seguintes versículos, para confirmar a abominação que está cometendo:
Levítico 26.1
Deuteronômio 7.25
Isaías 42.8
Romanos 1.21-23 e Atos 17.29
2 Coríntios 6.15,16
Salmo 115.4-8
1 Pedro 4.3
1 Coríntios 12.2
Gálatas 4.8
Efésios 5.5-11
1 Coríntios 10.19,20
Lembram-se de quando o povo de Deus quis uma imagem para "representar" o Deus que os havia tirado do Egito? Fizeram uma abominável estátua de um bezerro de ouro! Leiam a história e as consequências em Êxodo 32.1-35. Vocês acham que se eles fizessem uma "estátua de Moisés" a gravidade do pecado seria menor? Qual a diferença?
Se fosse expressa vontade de Deus, ajoelhar-se diante de imagens de homens, Ele não teria inserido vários versículos no Novo Testamento, expressamente proibindo tal prática: Gálatas 5.19-20, 1 Jo 5.21, Apocalipse 21.8, Apocalipse 22.15. Lembrando que não existe a palavra "veneração" no Velho ou Novo Testamento, que permitam autorizar uma diferença entre "venerar" e "adorar". Quando João quis se ajoelhar diante de um anjo, não foi permitido: Apocalipse 22.8-9.
Paulo não aceitou qualquer veneração a si (confira em Atos 14.11-18). Pedro, em suas cartas, não recomendou imagens, veneração a estátuas ou pessoas, etc. Ao contrário, ele as condenou: 1 Pedro 4.3. E fechou sua 2a. carta com louvor somente a Jesus: 2 Pedro 3.18. Leia também 1 Pedro 4.11. E, no livro de Atos, quando Maria estava entre os discípulos do Senhor, ela não receber qualquer “veneração” dos seus conterrâneos (Atos 1.14)!
Lembrando que há um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo (1 Timóteo 2.5).
"Filhinhos, guardai-vos dos ídolos" 1 Jo 5.21
Fontes:

ü     Bíblia de Estudo Pentecostal (BEP) ;
ü     Nêreida Severo;
ü     Site Vivos: O Site da Fé Cristã;
ü     Bíblia on-line.

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